Tentativa de paz

Em meio a conflitos, secretário-geral da ONU vai a Israel

Ban ki-moon dialoga com ambas as partes do conflito israelense-palestino para tentar acalmar a tensão; secretário-geral da ONU deve se encontrar com vítimas

Da Redação, com Rádio Vaticano

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, chegou nesta terça-feira, 20, a Israel na tentativa de reduzir as tensões no território israelense-palestino que se intensificaram desde o início de outubro. Ontem ele enviou uma video-mensagem aos povos das duas regiões apelando ao diálogo de paz.

“A não-violência requer mais coragem e força que a violência (..) Que parem de hipotecar o futuro dos dois povos e da região. Que esteja claro que a violência poderá somente enfraquecer as aspirações dos palestinos a um Estado reconhecido e o desejo de segurança dos israelenses”, disse Ban Ki-moon na mensagem.

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O diretor do Centro Italiano para a paz no Oriente Médio, Janiki Cingoli, disse que o processo diplomático levado adiante todos esses anos fracassou, de forma que é preciso reinventar as fórmulas. “Fala-se de uma iniciativa internacional. Sozinhos, israelenses e palestinos não construirão a paz e neste desespero cresce a raiva dos jovens”.

Durante sua estadia na região, Ban ki-moon deve se encontrar com os líderes de ambas as partes. Janiki teme que não seja possível esperar muito dessa conversa, porque o problema real, segundo ele, é que se o Conselho de Segurança da ONU não avança em oferecer as “linhas-guia” para a solução do conflito, a situação vai se acalmar por um tempo, mas depois o problema deverá ser enfrentado na raiz. “É uma situação que, sem intervenção externa, parece de difícil solução”.

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Normalmente, os Estados Unidos têm um papel nesse tipo de negociação, mas o período pré-eleitoral em que o país se encontra pode dificultar intervenções. Para Janiki, o presidente norte-americano Barack Obama não acredita mais na solução do conflito, o que piora a situação. “Eles certamente vão procurar soluções para aquietar um pouco as águas, mas se retiraram da gestão do conflito. Caberia, então, um papel maior da Europa”

Chegando de surpresa a Israel para dialogar com as autoridades, Ban ki-moon também se encontrará algumas vítimas dos últimos casos de violência.

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