A Conferência Episcopal dos Estados Unidos pede diálogo direto entre os países envolvidos para que o problema na região seja solucionado
Da redação, com Vatican Media
Os bispos estadunidenses pedem que Israel e a Palestina dialoguem diretamente para resolver o conflito na região à medida que a violência explode em resposta ao plano de paz dos Estados Unidos para a região.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou, na semana passada, o aguardado documento, intitulado “Paz para Prosperidade: uma visão para melhorar a vida do povo palestino e israelense”.
O documento oferece uma maneira de pôr fim a décadas de conflito entre os israelenses e palestinos.
Em resposta, Dom David Malloy, da diocese de Rockford, escreveu uma carta ao Secretário de Estado norte-americano, Mike Pomepo, na qual afirma que a tentativa “merece uma consideração séria”.
Diálogo é a solução
Dom Malloy, que também é presidente do Comitê Internacional de Justiça e Paz da Conferência dos Bispos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês), recordou ainda algumas “verdades fundamentais”.
Primeiro, disse ele, apenas Israel e a Palestina “podem resolver suas diferenças e acordarem uma resolução comum para este impasse crônico”. Além disso, deveriam negociar diretamente um com o outro.
Segundo, diz o religioso, a Santa Sé e os bispos dos Estados Unidos apoiam uma situação que envolva dois estados, em que o plano de paz permita uma possibilidade e não um resultado imediato.
Reconhecimento e apoio
“De forma intrínseca a esta discussão frutífera está a necessidade de cada estado reconhecer e dar suporte à legitimidade do outro”, disse Dom Malloy.
Os bispos estadunidenses “estão preocupados que o documento ‘Paz para a Prosperidade’ faça proposições sem que essas condições necessárias sejam atendidas”.
“A Igreja Católica nos Estados Unidos reconhece e apoia as aspirações legítimas de israelenses e palestinos de construir sua nação nos valores culturais, sociais e religiosos que sustentam sua sociedade”, escreve ele.
Reposta violenta
Separadamente, uma série de atos violentos deixou duas pessoas mortas e mais de uma dúzia de outras feridas na quinta-feira. Tropas israelenses mataram dois palestinos na Cisjordânia, os quais atacaram soldados.
Outro palestino bateu um carro contra soldados israelenses em Jerusalém, ferindo pelo menos 13 deles.
Israel e Palestina também passaram os últimos dias trocando tiros de morteiros e ataques aéreos ao longo de suas fronteiras.