Padre Carlos Cabecinhas celebrou a missa deste Domingo da Divina Misericórdia, 24, no Santuário de Fátima, em Portugal
Da redação, com Santuário de Fátima
O reitor do Santuário de Fátima em Portugal, padre Carlos Cabecinhas, presidiu a missa deste Domingo da Divina Misericórdia, 24. O Evangelho do dia conta que a presença de Cristo Ressuscitado “enche de alegria” os discípulos.
“Um dos apóstolos, Tomé, não estava presente nesse momento e não acreditou no testemunho que lhe deram do encontro com Cristo vivo”, no entanto acabou por fazer a “experiência do encontro com Cristo vivo, porque, oito dias depois, no dia do Senhor, Ele voltou a estar com a sua comunidade”, recordou o sacerdote.
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Isso “é uma alusão clara ao domingo, à nossa Páscoa semanal, o dia em que a comunidade cristã é convocada e se reúne para celebrar a Eucaristia. No encontro com os irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão e o vinho consagrados, que se descobre Jesus Vivo e ressuscitado no meio de nós”, explicou.
Acreditar na Ressurreição
Padre Carlos lembrou ainda que as dificuldades do apóstolo Tomé em acreditar na Ressurreição de Jesus fizeram com que o seu nome se tornasse sinônimo de incredulidade.
“Porém, as suas dificuldades em acreditar acompanharam os cristãos de todos os tempos e também nós as sentimos”, reiterou .
Assim como o apostolo Tomé, o presbítero reforçou que “também nós gostaríamos de fazer a experiência da presença física de Cristo ressuscitado no meio de nós, pois temos a impressão que se Lhe pudéssemos tocar, a nossa fé seria mais forte, isenta de dúvidas”. Contudo, o sacerdote reforçou que a celebração da Páscoa recorda, em cada ano, que a presença de Cristo se experimenta de modo diferente.
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“Vemos os sinais da sua presença, mas é pela fé que podemos perceber essa presença de Jesus Cristo vivo, hoje, e esses sinais são, antes de mais, a comunidade reunida, a escuta da Palavra de Deus e a Eucaristia”, afirmou. Esses sinais “são também as feridas da paixão, com as quais Cristo se apresenta e pelas quais se dá a conhecer”.
São nesses sinais de amor e doação, que padre Carlos sublinhou que a comunidade reconhece Jesus vivo e presente em sua vida. Neste Domingo da Divina Misericórdia, o presbítero destacou que é importante sublinhar este aspeto.
Jesus se apresenta com as suas feridas
O reitor do Santuário de Fátima prosseguiu lembrando que, por outro lado, “se Jesus se apresenta com as suas feridas, nenhum sofrimento nos pode ser estranho”. Padre Carlos Cabecinhas lembrou as atrocidades da guerra vividas na Ucrânia.
“Nas feridas e no sofrimento dos que nos cercam, encontramos Jesus Cristo vivo e para Tomé, foi o contato com as feridas da paixão de Cristo que reavivaram a sua fé e lhe abriram os olhos para reconhecer a presença de Jesus Cristo”, explicou.
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Assim, “também para nós, hoje, estas feridas, reveladas nas penas, nos sofrimentos e nas chagas de cada ser humano, nos dão a conhecer a presença do ressuscitado e nos desafiam a acolhê-Lo na pessoa daqueles que sofrem e precisam de ajuda”.
Celebrar a misericórdia divina, comenta o sacerdote, implica sempre e necessariamente em assumir atitudes de misericórdia para com aqueles com quem vivemos ou contatamos e que precisam da nossa ajuda.
Concerto de Páscoa
Na tarde deste domingo, 24, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima vai acolher, às 15h30, o Concerto de Páscoa com o título Maria — Totus tuus.
A cantora soprano lírico-spinto, Conceição Seabra Galante, estará acompanhada pelo organista Daniel Ricardo de Pinho. Este momento musical contará ainda com a participação especial do grupo Carmeli Voces Ensemble.