Diálogo Inter-religioso

Deepavali: Santa Sé envia mensagem sobre fraternidade 

Festival das Luzes, o Deepavali é celebrado em 4 de novembro

Da redação, com Boletim da Santa Sé 

Festa do Deepavali é conhecida como festa das luzes, na Índia./ Foto: bhupendra Singh por Pixabay

Nesta quinta-feira, 4, é celebrada a festa hindu do Deepavali. Por ocasião da data, o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso enviou uma mensagem em que convida à unidade. 

Deepavali, ou Diwali, é a maior festa religiosa indiana, comemorada pelo hinduísmo, o siquismo, o budismo e o jainísmo. É atualmente comemorado em todo o mundo como o festival das luzes, onde as luzes ou lâmpadas significam a vitória do bem sobre o mal dentro de cada ser humano.

A mensagem chama a olhar para as nuvens escuras da pandemia e ao seu sofrimento indescritível vendo os luminosos sinais de solidariedade e fraternidade para demonstrar que juntos se pode superar toda a crise com decisão e amor. 

“Esta festa, mesmo em meio à preocupação e incerteza da pandemia, com as crises planetárias que são sua consequência, pode oferecer alívio na esperança de um futuro melhor”, diz o texto. 

A mensagem afirma que não há como esconder as cicatrizes causadas pela segunda onda do coronavírus, o sentimento de resignação, desespero e impotência diante da devastação causada no mundo por vários fatores, que vão desde o terrorismo até a degradação ecológica. Esses elementos criam mal-estar e desespero. Mas lembra que nestes tempos difíceis, não faltaram sinais de luz na solidariedade e assistência aos necessitados, ainda mais com caráter e responsabilidade inter-religiosos. 

“Trazer luz para a vida das pessoas junto com a solidariedade inter-religiosa também confirma a utilidade e o grande recurso que as tradições religiosas representam para a sociedade”, reforça.

Fraternidade e Luz

O texto lembra que somente na fraternidade, na responsabilidade mútua pela casa comum, pode-se tentar sair de todo tipo de desespero, de toda crise como mudanças climáticas, fundamentalismo religioso, terrorismo, hipernacionalismo e xenofobia. E afirma que as tradições religiosas – fonte de séculos de sabedoria – têm o poder de elevar nossos espíritos perturbados para nos guiar à esperança. 

“Portanto, é tarefa dos líderes religiosos e das comunidades cultivarem um espírito de fraternidade entre seus seguidores para ajudá-los a caminhar e colaborar com pessoas de outras tradições religiosas, especialmente em tempos de crise e calamidades de todo tipo.”

Na mensagem, o Dicastério recorda que a solidariedade e a fraternidade são, portanto, os caminhos a seguir: 

“Como crentes fundamentados em nossas respectivas tradições religiosas e como pessoas com visão e responsabilidade compartilhadas para com a humanidade, em particular a humanidade sofredora, possamos nós, cristãos e hindus, individual e coletivamente, dar as mãos aos de outras tradições religiosas e estender a mão para as pessoas que estão em desespero, para trazer luz para suas vidas!”

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