Pastoral Familiar

Comissão Vida e Família articula casais cooperadores do serviço à vida

Iniciativa pretende reforçar a promoção, a defesa e o cuidado da vida

Da redação, com CNBB

A Pastoral Familiar no Brasil ganhou uma nova identidade de trabalho com a inclusão do serviço à vida como ação transversal em todos os seus setores. A iniciativa, proposta pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pretende reforçar a promoção, a defesa e o cuidado da vida com a ajuda dos casais cooperadores do serviço à vida.

Os casais recebem este nome a partir do segundo capítulo da exortação apostólica Familiaris Consortio. No trecho, o Papa João Paulo II tratou da transmissão da vida, com o título “Cooperadores do amor de Deus criador”. Assim, de acordo com a comissão, a identidade que melhor expressa a missão deste casal é a expressão “casal cooperador do serviço à vida”.

“Este casal será responsável por motivar, organizar e participar de atividades pastorais que vão promover, defender e cuidar dos temas relacionados aos dilemas da vida propostos pela Comissão Vida e Família da CNBB”, indica o material oferecido aos agentes de pastoral.

A ideia é que o casal cooperador atue como uma ponte entre as propostas da Pastoral Familiar Nacional com os Regionais e Dioceses. Também os casais deverão promover a animação de celebrações temáticas, articular debates sobre promoção, defesa e cuidado com a vida com as demais pastorais e com as comissões de bioética, universidades ou outros grupos que atuam nos dilemas sobre as questões da dignidade da vida, além de unir as forças vivas das demais Pastorais (da Criança, da Pessoa Idosa, da Aids e da Saúde) para atividades que possam ser em comum ao cuidado com a vida.

Por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), a Comissão para a Vida e Família articulou casais para desempenharem este serviço nos 18 regionais da CNBB. Neste segundo semestre de 2020, participaram de formações mensais por meio das plataformas digitais. A partir deste mês, terão a tarefa de articular nos regionais e dioceses o levantamento de iniciativas de serviço à vida que já existem.

Cooperadores

No Rio Grande do Sul, o casal Vinícius e Lisilene Vendrusculo representa o Regional Sul 3 da CNBB. Após um período como coordenadores do Setor Família da diocese de Montenegro (RS), foram convidados pelo assessor eclesiástico da Pastoral Familiar no regional, padre Edson Pereira, e pelo bispo referencial, dom Aparecido Donizete, que é auxiliar na arquidiocese de Porto Alegre (RS), para participar da Comissão Regional da Pastoral Familiar na condição de casal vice coordenador.

“Com isso, foi-nos proposto à época que ajudássemos a organizar o trabalho de Promoção e Defesa da Vida. A partir daí, começamos a participar de formações e nos inteirarmos sobre o que já havia nesse sentido. Auxiliamos na promoção da Semana da Vida e começamos um contato com as dioceses do regional para verificar o que havia de trabalho nesse sentido”, conta Vinícius.

Com a nova identidade de casais cooperadores no serviço à vida, Vinícius e Lisilene farão um levantamento de o que há de serviço à vida em cada diocese gaúcha e buscarão formar uma equipe com ao menos um casal cooperador de cada diocese do regional para articular o serviço à vida, em consonância com a Pastoral Familiar Nacional.

O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Vida e Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, apresentou várias metas aos novos articuladores, mas explicou que será um trabalho gradativo, que, além do mapeamento de ações, deseja buscar a articulação e o diálogo com a sociedade e entidades civis de cada região para a ampliação e formação do serviço à vida.

“Importante dizer também que tudo que já havia de serviço à vida irá permanecer e será valorizado. Não está se criando outro setor ou algo novo, mas sim será buscada a articulação, divulgação e ampliação de tantas iniciativas de serviço à vida realizadas pela Igreja”, reforça Vendrusculo.

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