ABRIGO

Família é lugar de refúgio em tempos de pandemia, afirma arcebispo

A declaração é de dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida, ao se dirigir aos representantes da Pastoral Familiar na Colômbia

Da redação, com Vatican News

Dom Vincenzo Paglia, presidente da Pontifícia Academia para a Vida / Foto: Reprodução Youtube

O presidente da Pontifícia Academia para a Vida, dom Vincenzo Paglia, participou, nesta quarta-feira, 21, de uma conferência em modalidade on-line com os responsáveis da Pastoral Familiar das dioceses da Colômbia. No encontro virtual, sobre a temática da “família em tempos de pandemia e pós-pandemia”, o arcebispo foi enfático ao afirmar: “a família, apesar de todos os ataques, permanece firme pela sua força interna: não existem substitutos ou funções equivalentes à família”.

Dom Paglia acrescentou que, diante da investida da Covid-19, “é a família, com todas as suas fraquezas, o lugar do refúgio e da estabilidade. Este período de pandemia mostra claramente que a família é uma forma social única (…). A família, em um mundo onde a escolha é sempre e apenas temporária, é, no entanto, o lugar de relações fortes que têm um impacto profundo na vida dos membros individuais”.

A Igreja como “família de Deus”

O prelado sublinhou, então, que as Igrejas também devem ter as características de uma comunhão familiar e que é indispensável uma virada eclesiológica, uma nova forma de ser Igreja, uma Igreja entendida como a “família de Deus”. Por essa razão, dom Paglia lembrou que “o Papa Francisco, com a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, pede para uma profunda renovação na Igreja”. Às famílias, por outro lado, acrescentou o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, a exortação pede que sintam a responsabilidade de comunicar ao mundo o “Evangelho da família” como resposta à profunda necessidade de familiaridade inscrita no coração da pessoa humana e da própria sociedade.

Dom Paglia observou ainda que hoje existe uma profunda lacuna que separa as famílias da comunidade cristã, que as famílias não são muito eclesiais, porque muitas vezes estão fechadas em si mesmas; e as comunidades paroquiais são pouco familiares, porque, muitas vezes, são tomadas por uma burocracia exasperante. É necessário, portanto, um novo horizonte que redesenhe a paróquia como uma comunidade que seja em si mesma uma família.

Fraternidade entre famílias

“Acredito que seja decisivo para a pastoral inventar o que eu chamaria de ‘fraternidade entre as famílias'”, continuou o prelado, salientando que não se trata apenas de repensar a Pastoral Familiar, mas de fazer todo o trabalho pastoral numa perspectiva familiar. Para dom Paglia, uma perspectiva de “fraternidade entre famílias” deve ser promovida em nível geral, envolvendo todas as paróquias e associações. O prelado concluiu afirmando que “é uma questão não só de estar dentro da vida da paróquia, mas também dentro da vida da cidade, de toda a sociedade onde as famílias são chamadas a dar sua contribuição como fermento de ‘familiaridade’ na sociedade”.

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