Merino enfrentou protestos desde que assumiu após o impeachment de Vizcarra
Da redação, com Reuters
O presidente interino do Peru, Manuel Merino, renunciou ao cargo neste domingo, 15, no seu quinto dia no poder.
Merino enfrentava uma onda de protestos que pediam a sua saída, desde que assumiu o cargo após o impeachment de Vizcarra. Duas pessoas morreram nos protestos e várias ficaram feridas.
“Quero tornar público para todo país que apresento minha renúncia irrevogável”, declarou Merino em uma mensagem transmitida pela televisão.
Após o anúncio, manifestantes comemoraram nas ruas a partida de Merino. A notícia, porém, afeta ainda mais o país, que enfrenta uma crise por causa da pandemia e pela recessão econômica.
Legisladores agora lutam para ver quem vai ocupar o cargo. O Congresso realizou uma primeira votação, mas que não conseguiu atingir o apoio da maioria para o parlamentar de esquerda e defensor dos direitos humanos Rocio Silva-Santisteban. Uma segunda votação deve ser realizada, buscando um novo presidente que consiga pacificar o país.
Merino disse que, para que não haja “vácuo de poder”, os 18 ministros empossados por ele permanecerão no cargo temporariamente, embora praticamente todos tenham renunciado após a repressão aos manifestantes no sábado.
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