Diálogo inter-religioso

Vaticano saúda muçulmanos pelo mês do Ramadã

Mensagem enfatiza o dom da misericórdia, comum a cristãos e muçulmanos

Da Redação, com Vaticano 

Milhares de palestinos chegam a Jerusalém para as orações de sexta-feira / Foto: Reprodução Reuters

Milhares de palestinos chegam a Jerusalém para as orações de sexta-feira / Foto: Reprodução Reuters

O Vaticano publicou nesta sexta-feira, 17, uma mensagem enviada aos muçulmanos por ocasião do mês do Ramadã e do ‘Id al-Fitr’, importante evento religioso para os muçulmanos em todas as partes do mundo, centralizado no jejum, na oração e nas boas ações. O texto é do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso e enfatiza cristãos e muçulmanos como instrumentos da divina misericórdia. 

Quem assina a mensagem é o presidente do órgão, Cardeal Jean-Louis Tauran, que faz algumas reflexões na esperança de reforçar as ligações espirituais que compartilham. 

Um tema importante tanto para muçulmanos e cristãos é a misericórdia. “Sabemos que tanto o cristianismo quanto o islamismo acreditam em um Deus misericordioso, que mostra a sua misericórdia e compaixão para com todas as suas criaturas, em particular a família humana”, escreve Dom Tauran.

Assista: Cristãos e muçulmanos trabalham juntos em cidade da Terra Santa 

O cardeal destaca que a misericórdia de Deus se manifesta de modo particular por meio do perdão dos pecados. E justamente para enfatizar essa misericórdia divina, o Papa Francisco institui o Ano da Misericórdia, recorda Dom Tauran. 

“Eis o motivo do Jubileu: porque este é o tempo da misericórdia, favorável para curar as feridas, para não se cansar de encontrar aqueles que estão esperando para ver e tocar os sinais de proximidade de Deus, para oferecer a todos, a todos, o caminho do perdão e da reconciliação.”

Para os muçulmanos, um momento oportuno para experimentar a misericórdia de Deus é a peregrinação aos lugares santos, principalmente Meca e Medina. “Fazer uma peregrinação para obter o perdão de Deus misericordioso para os pecados, seja para os vivos, seja para os mortos, é realmente uma observância de considerável importância para os fiéis”, destaca o cardeal na mensagem.

O presidente do Pontifício Conselho também enfatiza que cristãos e muçulmanos são chamados a fazer o seu melhor para imitar Deus nessa misericórdia, um pedido do próprio Deus. E principalmente diante de alguns fatos da atualidade, como conflitos e violências, ele enfatiza que cristãos e muçulmanos não podem fechar os olhos. 

“É verdade que há situações, muitas vezes, complexas, cuja solução está além das nossas capacidades. Por isso, é vital que todos trabalhem juntos para ajudar aqueles que têm necessidade, independentemente da sua etnia ou suas crenças religiosas. É motivo de grande esperança ver ou ouvir de muçulmanos e cristãos que se unem para ajudar os mais necessitados. Que Deus o Todo-Poderoso e Misericordioso nos ajude a caminhar sempre ao longo do caminho da bondade e compaixão!”.

 

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