Objetivo da Campanha da Ajuda a Igreja que Sofre é fazer da África um continente prioritário para a solidariedade
Da redação, com Agência Ecclesia
A campanha da Quaresma 2017 da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) quer fazer da África um continente “prioritário” para a solidariedade.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, Catarina Martins Bettencourt, diretora do secretariado português da AIS, destaca um território marcado por “muitas dificuldades”, entre as quais as dos “cristãos perseguidos”, mas também uma região do mundo “onde estão depositadas muitas das esperanças também da Igreja Católica”.
“É um continente onde a fé está muito viva, com muitas vocações, e portanto é um continente que é prioritário na AIS no sentido de ajudar a que esta fé seja cada vez mais viva”, sustenta a responsável.
Catarina Martins Bettencourt realça a importância de continuar a apoiar os projetos pastorais da Igreja Católica na África, sem os quais muitos africanos “não teriam acesso à educação, à alimentação, à saúde”.
A Fundação AIS é uma organização ligada à Santa Sé com 23 secretariados espalhados pelo mundo.
Tem como principal missão prestar apoio às comunidades cristãs, sobretudo as mais carentes ou em contextos mais difíceis.
Só em 2016, a AIS promoveu cerca de 1800 projetos solidários na África, e de acordo com Catarina Martins Bettencourt “continuam a chegar muitos pedidos de ajuda”.
“Temos falado muito sobre o Médio Oriente, que é uma das nossas prioridades, não queremos que os nossos benfeitores, os nossos amigos e os países onde estamos implantados se esqueçam que há outros continentes com muitas dificuldades e precisam da nossa ajuda. E a África é de fato aquele que nós achamos que é preciso falar”, acrescentou.
Para a coordenadora do trabalho da AIS, no horizonte da ajuda ao continente africano têm de estar não só as situações de pobreza ou de desigualdade social, mas também os contextos de perseguição e discriminação étnica ou religiosa, de guerra e terrorismo, que afetam nações como a Nigéria e o Sudão do Sul.
A educação pode ser uma grande valência para contrariar estes fenômenos, na formação de novas gerações que mudem o clima de instabilidade que persiste em muitos países.
Atualmente, a AIS presta por exemplo apoio a cerca de 70 mil escolas geridas pela Igreja Católica na África, que servem a 50 milhões de crianças e jovens.
Para participar nesta campanha de recolha de donativos para África, basta entrar em contato com a organização ou entrar no site para obter mais informações.