Em mensagem

Bispos da África destacam compromisso com futuro da família

Em mensagem, bispos africanos falam de desafios e esperança quanto ao futuro da família no continente

Da redação, com Rádio Vaticano

Bispos do Secam com o Papa, em fevereiro de 2015, no Vaticano / Foto: L'Osservatore Romano

Bispos do Secam com o Papa, em fevereiro de 2015, no Vaticano / Foto: L’Osservatore Romano

Os bispos das Conferências Episcopais da África e Madagascar divulgaram uma mensagem neste domingo, 24, na conclusão de sua 17ª Assembleia plenária (Secam), em Luanda, Angola. 

Na mensagem os bispos destacam seu compromisso com o futuro das famílias africanas, centrando sua reflexão sobre as perspectivas pastorais concretas, indicadas pelo documento conclusivo do Sínodo sobre a Família, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia.

“Os dois Sínodos convidam a proteger e a defender a família, ‘de modo que ela seja capaz de devolver à sociedade o serviço que esta espera dela, isto é, preparar-lhe homens e mulheres capazes de construir um mundo de paz e de harmonia’”, destacam os bispos.

Os prelados enfatizaram ainda que é na família que a pessoa humana nasce e se realiza. Nela, recebe a sua primeira educação e adquire os valores para a sua integração e realização na sociedade e na Igreja, e recordaram uma frase do Papa Francisco dita durante sua visita ao Quênia, em novembro de 2015: “a saúde de toda a sociedade depende da saúde da família”.

Matrimônio

Por sua vez, os bispos destacaram que a família está intimamente ligada ao matrimônio, que une um homem e uma mulher.

“Em Jesus Cristo, o matrimônio adquire a sua verdadeira dimensão. Vínculo irrevogável de amor entre um homem e uma mulher, aberto à vida e à procriação, como garantia de renovação da sociedade e da Igreja, o matrimônio não pode, portanto, ser realizado entre pessoas do mesmo sexo”, ressalta a mensagem.

Desafios

O Secam destaca entre os vários desafios na busca pela “saúde da família na África”: as condições de precariedade e a pobreza, a exclusão social, o impacto das novas tecnologias de informação sobre as famílias, a ideologia do gênero, a família monoparental, os casais divorciados e recasados, a contracepção, a esterilização, o aborto, a poligamia, os amigados, os problemas ligados ao dote, a viuvez, as migrações causadas por situações de guerra e de conflito, as divisões nas famílias, a crença no feitiço e na bruxaria e as ausências devidas a estudos e emprego.

Desafios que, segundo os prelados, caso não seja implementada uma pastoral eficiente, desorientam a vida dos casais e das famílias.

“Afirmamos o nosso empenho em renovarmos e reforçarmos a nossa pastoral a favor das famílias. É nossa convicção e fé que a família não pode ser sufocada pelas crises e as situações que atravessa.”

Beleza da Família

Na mensagem, os bispos reafirmam a beleza do matrimônio, que não é um jugo, mas uma comunidade de amor, alegria e realização. Eles encorajam as famílias que testemunham a sua alegria de amar e sua fidelidade conjugal.

“Convidamos as famílias cristãs africanas, Igrejas domésticas, a ser sempre lares de amadurecimento humano e espiritual. Elas serão, deste modo, comunidades de vida, de oração, de amor e artífices na transformação da nossa sociedade. De igual modo, responderão plenamente à sua vocação de educadoras para despertar uma consciência missionária em todos os seus membros”, convidam os bispos.

Na conclusão da mensagem, os prelados afirmam que o futuro da família está no centro de sua missão e garantirá o futuro das sociedades, se houver o empenho em protegê-la e defendê-la de tudo quanto ameaça sua integridade.

Por fim, os bispos deixam um pedido especial às famílias africanas:
“Famílias cristãs africanas, não tenhais medo de colocar Jesus Cristo no centro da vossa vida e n’Ele colocar a vossa confiança. Povos de África, a nossa missão ao serviço da família é nobre. Empenhemo-nos na promoção da família. Ela viverá e nós viveremos!”

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