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TRÉGUA NA TERRA SANTA

Frei Patton: “É possível seguir um caminho que não seja o das armas”

Em entrevista à mídia vaticana, custódia da Terra Santa comentou trégua entre Israel e Hamas e libertação de prisioneiros durante o fim de semana

Da Redação, com Vatican News

Frei Francesco Patton / Foto: Arquivo TV Canção Novapatton

Uma trégua no conflito entre Israel e o grupo radical Hamas iniciada na última sexta-feira, 24, marcou o final de semana, com a libertação de prisioneiros de ambos os lados. O custódio da Terra Santa, frei Francesco Patton, OFM, falou sobre o tema em uma entrevista à mídia vaticana, citando-o como um “vislumbre de luz”.

A guerra eclodiu no dia 7 de outubro, e desde então deixou pelo menos 15 mil mortos. O cessar-fogo tem previsão de ser encerrado nesta segunda-feira, 27, mas ainda há a tentativa de prorrogá-lo mediante a libertação de mais reféns. “Teríamos então que ver se a trégua se mantém e se todos os reféns são libertados. E, acima de tudo, devemos passar da linguagem das armas à negociação”, afirmou frei Patton.

O custódio destacou a importância da comunidade internacional, especialmente pela intervenção de alguns países, neste processo de busca pela paz. “Foi visto”, enfatizou, “que é possível seguir um caminho que não seja o das armas, se houver vontade”. Contudo, a solução não se limita a libertar reféns e prisioneiros, mas deve ser política, baseando-se na aceitação mútua do “direito de existir” de Israel e da Palestina.

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O frei Patton reiterou que, em um cenário dramático como este, a voz essencial é a voz da consciência humana. Sem ela, observou, não se pode avançar na busca por uma solução porque tudo se reduz a “cálculos, a um equilíbrio de interesses, ao uso da violência”. Neste sentido, ele apontou que a presença dos cristãos na Terra Santa é justamente a representação, de alguma forma, do equilíbrio.

Superar o envolvimento emocional

Em sua visão, os cristãos estabelecem uma “ponte” entre as duas realidades, pois pertencem a ambas. “Temos cristãos da Terra Santa em Israel, em Gaza, na Cisjordânia”, lembrou o custódio, indicando que “a Terra Santa precisa de luz, um fermento que possa elevar a voz da consciência tanto na sociedade israelense quanto na palestina, onde há necessidade de vozes autorizadas não apenas entre os cristãos, mas também entre os muçulmanos capazes de propor um caminho não apenas de moderação, mas de reconciliação”.

Para alcançar esta reconciliação, é necessário superar o “envolvimento emocional” alimentado pelos dramas da guerra. “Quando o componente emocional estiver mais calmo, será possível fazer outros tipos de raciocínio”, citou o franciscano. Neste contexto, ele reafirmou a importância de manter a trégua e que os reféns sejam libertados. “A esperança é que possamos passar da trégua para um armistício e chegar, o mais rápido possível, a uma forma de proteção internacional para garantir a segurança”, sublinhou.

Reconhecimento do direito de existir

Além disso, o custódio reforçou que a guerra tornou a revelar a falta de solução política para a questão da Palestina, “que se arrasta há décadas”. Retomando o ponto do “direito mútuo de existir”, o frei Patton afirmou que é necessário levar em conta o sofrimento de palestinos e israelenses ao longo da história, para que seja possível “dar um passo adiante”.

“Está claro”, concluiu frei Patton, “que algo deve mudar de forma profunda na atitude de uma parte política israelense e deve haver uma mudança de abordagem, com maior concretude, também por parte do mundo palestino.”

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