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Cardeal Sandri faz apelo em prol da coleta para a Terra Santa

Coleta é sinal de comunhão e solidariedade com a Igreja de Jerusalém 

Da Redação, com Boletim da Santa Sé  

Igreja se mobiliza anualmente na Sexta-Feira Santa e envia coleta para a Terra Santa / Foto: Arquivo Canção Nova

A sala de imprensa da Santa Sé divulgou nesta quinta-feira, 28, a carta do prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, com o apelo em prol da coleta para os cristãos da Terra Santa. Essa coleta é tradicional realizada todos os anos na Sexta-Feira Santa. 

“O caminho quaresmal convida cada um de nós a voltar aos lugares e aos acontecimentos que mudaram o curso da história da Humanidade e a existência pessoal de cada um de nós: são os lugares e os acontecimentos que nos transmitem a memória viva de tudo aquilo que o Filho de Deus incarnado disse, cumpriu e sofreu para a nossa Redenção”, informa a abertura da carta. 

O cardeal destaca que, revivendo os mistérios da salvação, pode-se pensar com mais fervor nas pessoas que vivem na Terra Santa, testemunhando a fé em Jesus Cristo morto e ressuscitado, e assim expressar a elas a solidariedade na caridade. 

A coleta para a Terra Santa foi instituída pelo Papa Paulo VI, hoje santo da Igreja e primeiro Papa a fazer uma peregrinação ao local, em 1974 com a exortação apostólica Nobis in Animo. Cardeal Sandri recorda na carta as palavras do Pontífice no documento: 

“A Igreja de Jerusalém [ … ] ocupa um lugar de eleição na solicitude da Santa Sé e na preocupação de todo o mundo cristão, enquanto o interesse pelos Lugares Santos, e em particular pela cidade de Jerusalém, emerge mesmo nos grandes consensos das Nações e nas maiores Organizações internacionais [ … ]. Tal atenção é hoje primordialmente pedida em razão dos graves problemas de ordem religiosa, política e social ali existentes [ … ]”.

O cardeal destaca as dificuldades presentes ainda hoje na região, situações que fazem com que à espera pela paz se torne quase temerária. Mas lembra também, nos últimos tempos, a retomada dos peregrinos na região, mencionando os tantos fiéis que peregrinam à Terra Santa cada vez em maior número. 

“Tal vitalidade apostólica é um grande sinal para a comunidade local, e interpela as do Ocidente, que são tentadas ao desencorajamento e à resignação, a viver e a testemunhar a fé quotidianamente”.

Concluindo a carta, o cardeal garante aos fiéis que se empenham em uma coleta proveitosa o reconhecimento do Papa Francisco. 

Sobre a coleta

A coleta para a Terra Santa nasce da vontade dos Papas de manter forte a ligação entre todos os cristãos do mundo e os Lugares Santos. A coleta, que tradicionalmente é realizada na Sexta-Feira Santa, é a fonte principal para o sustento da vida que se desenvolve nos Lugares Santos; é também o instrumento da Igreja para colocar-se ao lado das comunidades eclesiais do Médio Oriente. 

Com a coleta, a Custódia pode apoiar e levar adiante a missão de proteger os Lugares Santos e favorecer a presença cristã através de tantas atividades de solidariedade, como a manutenção de estruturas pastorais, educativas, assistenciais, de saúde e sociais. 

Os territórios que se beneficiam com o apoio proveniente da coleta são: Jerusalém, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia, Irã e Iraque. 

A Custódia da Terra Santa recebe a maior parte da coleta, enquanto o que fica para a Congregação para as Igrejas Orientais é utilizado para a formação dos candidatos ao sacerdócio, para o apoio do clero, a atividade escolar, a formação cultural e subsídios das diversas circunscrições eclesiásticas no Oriente Médio. 

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