Dez anos depois da assinatura da Declaração Conjunta sobre a Justificação, o Papa Bento XVI assinalou hoje, 19, que o diálogo Luterano e Católico tem de continuar o estudo das suas "implicações e da possível recepção". A afirmação foi feita durante a audiência com a delegação da Igreja Evangélica Luterana, lideradas pelo bispo Gustav Bjorstrand.
O Papa recordou que a visita, que ocorre na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, "é uma oportunidade de oração partilhada, reflexão e diálogo com vista à total comunhão".
A Declaração Conjunta sobre a Justificação foi assinada em 31 de Outubro de 1999, em Augsburgo, na Alemanha, entre a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica Romana. A declaração estabelece que as confissões católica e luterana professam a mesma doutrina sobre a justificação pela fé, embora com diferentes caminhos. "Deus convida-nos constantemente a uma união mais profunda em Cristo, renovando-nos e libertando-nos das nossas divisões", apontou o Papa.
A Comissão do Diálogo Luterano, Católico na Finlândia e na Suécia continua a trabalhar na Declaração Conjunta sobre a Justificação. Na Finlândia, a Comissão de diálogo escolheu centrar no tema 'Justificação na vida da Igreja'.
Bento XVI afirmou ainda que esta escolha mostra que "o diálogo está a levar em consideração a natureza da Igreja, enquanto sinal e instrumento de salvação dada por Jesus, e não como uma simples assembleia de fieis ou uma instituição com diferentes funções".
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