Rede é vinculada ao Centro de Programas e Redes de Ação Pastoral do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam)
Da redação, com CNBB
O ano de 2022 foi muito significativo para a rede eclesial latino-americana e caribenha de migração, deslocamento, refúgio e tráfico “Clamor” , vinculada ao Centro de Programas e Redes de Ação Pastoral do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam). Ela foi escolhida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) entre 14 organizações em todo o mundo como organizadora do Fórum Mundial sobre Refugiados 2023.
O arcebispo de Yucatán (México) e presidente da Clamor, Monsenhor Gustavo Rodríguez mencionou outra conquista deste ano: “A publicação do Mapeamento de Serviços de da Igreja Católica latino-americana e caribenha aos migrantes, refugiados e vítimas do tráfico”. Quanto a este último, o prelado indicou que no mapeamento foram identificadas 635 obras, cinco zonas de trânsito, 22 países e 345 cidades receptoras.
Sensação de pertencer
A secretária executiva da Clamor, Elvy Monzant destacou que em 2022 as organizações integrantes desta rede viveram intensamente a experiência sinodal de trabalhar juntas, pois “cresceu o sentido de pertença como Rede no mundo”.
De fato, a Clamor já conta com 18 capítulos nacionais, de 22 países da região, enquanto “trabalhamos em coordenação com a Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério a Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e em total comunhão com o Papa Francisco. Nosso norte são os quatro verbos que o Papa nos propôs: acolher, proteger, promover e integrar”.
“Resolver juntos casos concretos a favor das pessoas em mobilidade forçada. A articulação funciona tanto dentro do país como entre redes nacionais. Nós sabemos quem contatar. A Rede nos ajuda a atender mais e melhor os migrantes”, acrescentou.
Caminho da Clamor
O trabalho da Clamor começou em 2017 por iniciativa do então Departamento de Justiça e Solidariedade do Celam e até então conta também com o apoio e acompanhamento institucional da Confederação dos Religiosos da América Latina e Caribe (CLAR) e da Cáritas América Latina.
Entre as congregações religiosas que compõem a Clamor estão: Scalabrinianos, Scalabrinianos, Rede Jesuíta com Migrantes, Serviço Jesuíta para Refugiados, Rede Franciscana para Migrantes, Ordem Mercedária Redentora, Salesianos, Agostinianos, Irmãs. Adoradoras, Irmãs. do Bom Pastor, Hnas. Juanistas.
Outras organizações que ajudam a Clamor são: Instituto Brasileiro de Migrações e Direitos Humanos, Instituto Católico Chileno de Migrações (Incami), Rede Scalabriniana de Migrações Internacionais (SIMN) e Instituto Mexicano de Doutrina Social Cristã (Imdosoc).
Quanto aos departamentos de Pastoral da Mobilidade Humana das Conferências Episcopais estão os países: México, Guatemala, Costa Rica, Honduras, República Dominicana, Peru, Paraguai, Chile, Argentina
Sobre as Caritas nacionais às quais as Conferências Episcopais confiaram a coordenação do atendimento aos migrantes e refugiados estão: El Salvador, Nicarágua, Panamá, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Haiti, Uruguai, Brasil e Antilhas