Casa comum

Igreja celebra Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

Em mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, em 1º de setembro, Francisco renova seu apelo à consciência dos fiéis e à comunidade internacional no cuidado da casa comum

Da Redação

Foco de incêndio em meio à floresta. / Foto: Pexels

Nesta quinta-feira, 1º, a Igreja celebra o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. Neste dia, o Papa Francisco faz um convite a dar uma resposta ao grito da Terra. Em julho passado, foi divulgada a mensagem do Papa para a data.

O 1º de setembro também inaugura o Tempo da Criação, uma celebração ecumênica, que termina em 4 de outubro com a festa de São Francisco. Este é um momento especial para que todos os cristãos rezem e cuidem juntos da casa comum.

“Escuta a voz da criação”

A data deste ano tem como tema “Escuta a voz da criação”. Na mensagem, o Pontífice afirma que essa voz se tornou um “grito amargo”, ou melhor, um coro de gritos, em decorrência dos maus-tratos humanos. “Grita a Mãe Terra, gritam as criaturas, gritam os mais pobres e, entre eles os povos indígenas e grita a futura geração.” 

Francisco também cita dois eventos de fundamental importância promovidos pelas Nações Unidas: a COP27 sobre o clima, programada para o mês de novembro no Egito, e a COP15 sobre a biodiversidade, que se realizará em dezembro no Canadá. A mensagem recorda a adesão da Santa Sé ao Acordo de Paris, que prevê limitar o aumento da temperatura a 1,5°C e para reduzir a zero, com a maior urgência possível, as emissões globais dos gases de efeito estufa.

A finalidade é caminhar rumo à direção mais respeitadora da criação e do progresso humano integral de todos os povos presentes e futuros. Segundo o Papa, este é um progresso fundado na responsabilidade, na prudência e precaução, na solidariedade e atenção aos pobres e às gerações futuras. “Na base de tudo, deve estar a aliança entre o ser humano e o meio ambiente que, para nós fiéis, é espelho do amor criador de Deus.”

A mensagem termina com um convite de Francisco, para que neste “Tempo da Criação” as cúpulas COP27 e COP15 possam unir a família humana. “Choremos com o grito amargo da criação, escutemo-lo e respondamos com os fatos para que nós e as gerações futuras possamos ainda alegrar-nos com o canto doce de vida e de esperança das criaturas,” concluiu o Papa. 

 

 

 

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