Celebrações tiveram início com uma Santa Missa presidida pelo Papa Francisco em 18 de maio de 2020 no túmulo do santo polonês, localizado na Basílica de São Pedro
Da redação, com Vatican News
O centenário de nascimento de São João Paulo II está chegando ao fim. Os principais eventos eclesiásticos do ano foram celebrados de forma menos solene do que o esperado devido à propagação da pandemia do coronavírus. Entre as celebrações, que começaram com uma Santa Missa presidida pelo Papa Francisco em 18 de maio no túmulo do Papa polonês na Basílica de São Pedro, no Vaticano, padre Leszek Gęsiak SJ recordou a Santa Missa celebrada em 15 de junho na Basílica da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria.
A Santa Missa citada pelo padre Gesiak aconteceu em Wadowice – terra natal de Karol Wojtyła -, e foi celebrada pelo presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki, junto com representantes do episcopado. Em sua homilia, o presidente dos bispos poloneses reiterou que São João Paulo II foi “um grande presente de Deus para a Polônia, para a Europa, para o mundo e para a Igreja”.
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Pandemia levou ao cancelamento de muitos eventos
Muitos eventos, planejados para 2020, foram adiados ou cancelados devido à propagação da Covid-19, como a beatificação do primaz Wyszyński, e inúmeras foram as iniciativas de oração e ajuda lançadas nas dioceses em favor das pessoas afetadas pelo coronavírus. Durante a primeira onda da Covid-19, os presidentes do episcopado e outros prelados rezaram o terço todos os dias, às 20h30, pelo fim da pandemia, para médicos, agentes de saúde, voluntários, doentes e suas famílias, enfatizou o porta-voz dos bispos.
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De 7 a 16 de dezembro, houve também uma novena dedicada a Santo André Bobola, para pedir a Deus, por sua intercessão, que pusesse fim a esta pandemia que causou o sofrimento e a morte de tantas pessoas na Polônia e no mundo inteiro. Desde o início do coronavírus, mais de 100 mil voluntários leigos de dioceses e mais de 3 mil irmãs religiosas se colocaram à disposição dos mais necessitados, precisou padre Gęsiak. “As atividades incluíam – e ainda incluem – não apenas beneficência e ajuda psicológica, mas também oração intensa pelo fim da pandemia, pelos doentes e pelos profissionais da saúde”, acrescentou.
Polônia consagrada ao Coração de Jesus e a Nossa Senhora
Em um momento difícil da emergência sanitária, em 3 de maio, em Jasna Góra, o presidente dos bispos confiou a Polônia ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora, Rainha da Polônia. Durante o ano, os prelados sempre responderam de modo continuativo aos eventos que afetaram o país. Após a decisão do Tribunal Constitucional de rejeitar a lei de 1993 sobre o aborto, que previa a interrupção da gravidez, dentro de 12 semanas, por malformações graves e irreversíveis do feto ou síndromes que ameaçavam sua vida, e após o início dos protestos sociais, reiteraram veementemente a importância da vida humana, dos doentes e dos nascituros, com o “Apelo do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa para a proteção da vida e da paz social”.
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E, nos últimos dias, a equipe de especialistas em Bioética da Conferência Episcopal Polonesa pronunciou-se sobre a importante questão das vacinas anti-Covid-19. Entre outras coisas, o sacerdote recordou a alegria da Igreja polonesa pela inclusão da memória de Santa Faustina Kowalska no calendário litúrgico (18 de maio), o início dos processos de beatificação de Emília e Karol Wojtyła, pais de São João Paulo II (7 de maio), o reconhecimento de um milagre por intercessão de Madre Czacka, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Servas da Cruz (28 de outubro), e o início do processo de beatificação de Irmã Wanda Boniszewska (9 de novembro).