Papa do diálogo

Mostra fotográfica no Cazaquistão recorda obra de João Paulo II

Por ocasião da mostra, núncio apostólico no país enfatiza a missão de diálogo encarnada por João Paulo II, hoje santo da Igreja

Da Redação, com Agência Fides

O núncio apostólico no Cazaquistão, Dom Francis Assisi Chullikatt, destaca a importância de São João Paulo II como figura que inspira o caminho ecumênico do país centro-asiático. A mensagem do núncio é por ocasião da mostra fotográfica “João Paulo II – Papa do diálogo” em curso em Nursultan, capital do país.

A mostra é realizada em colaboração com a embaixada polonesa para celebrar o centenário de nascimento de Karol Wojtyla, realizado oficialmente no ano de 2020.  

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“A importância do diálogo foi uma das principais razões da histórica visita de João Paulo II ao Cazaquistão, por ele definido ‘um país aberto ao encontro e ao diálogo”. Além disso, o Papa polonês não se cansou de destacar com frequência o papel construtivo e eficaz do diálogo, que a religião deveria desenvolver de modo coerente e convincente na sociedade, assumindo a obrigação de contribuir para a formação da consciência humana, ensinando o respeito, a tolerância para com os outros povos, culturas e confissões religiosas”, são as palavras de Dom Francis enviadas à Agência Fides.

O núncio recorda ainda que essa mensagem foi destacada também durante a visita de João Paulo II o Cazaquistão, o primeiro país da Ásia Central visitado pelo Pontífice. Uma mensagem que foi acolhida pelo primeiro presidente do país que, em 2003, instituiu o Congresso dos Líderes das Religiões tradicionais e mundiais, realizado a cada três anos na capital do país.

O Papa polonês, segundo Dom Francis, encarnou incansavelmente a sua missão de profeta do diálogo. Com as peregrinações nas estradas deste mundo, mostrou que, através do diálogo, é sempre possível alcançar o próximo, estendendo a mão com amizade em um gesto de compreensão e solicitude recíproca.

A ligação entre o Papa Wojtyla e o Cazaquistão tem uma data histórica: 17 de outubro de 1992, quando João Paulo II emitiu o documento “Partes Nostras”, com o qual se estabeleceu a nunciatura apostólica do estado do Cazaquistão. A data marcou o início de um caminho de recíproco conhecimento e de colaboração, marcado por três visitas oficiais do ex-presidente Nursultan Nazarbayev ao Vaticano (em 1998, 2003 e 2009), e com a visita pastoral que João Paulo II fez ao Cazaquistão em setembro de 2001.

Santa Sé e Cazaquistão

As interações entre a Santa Sé e o governo do Cazaquistão receberam um novo impulso em outubro passado, quando o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso e o Centro cazaque para o Desenvolvimento do Diálogo Interconfessional e Intercivil ‘Nursultan Nazarbayev” (NJSC) assinaram um memorando com o objetivo de abrir “novas oportunidades e modos mais promissores para implementar projetos comuns, para promover o respeito e o conhecimento entre os representantes das diversas religiões”.

No Cazaquistão, convivem comunidades de nacionalidades e confissões religiosas diferentes. Segundo dados oficiais do Ministério do Exterior do país, de 17 milhões de habitantes, 70% muçulmanos, cerca de 26% é constituído por cristãos, sendo que 1% dos quais é de fé católica.

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