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Dez anos de guerra na Síria: Cáritas pede retirada das sanções

Guerra na Síria completa dez anos nesta segunda-feira, 15

Da redação, com Vatican News

guerra na Síria

Um estudante caminha ao longo de uma rua danificada na cidade de Kafr Batna, no leste de Ghouta, Síria. / Foto: Omar Sanadiki – Reuters

Nesta segunda-feira, 15, o conflito na Síria completa dez anos. Um marco triste com um balanço devastador: desde 2011, houve mais de 400 mil vítimas. Há 12 milhões de desalojados e 12,4 milhões de pessoas que sofrem de insegurança alimentar.

Porém, no meio da escuridão, há uma luz. A Cáritas Internacional nesta década, tem apoiado as comunidades locais. Ajuda com moradia, alimentação, educação, saúde, proteção, subsistência, água e saneamento.

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Ajuda e desafios

“No momento – informa uma nota – 22 das 162 organizações da Cáritas estão apoiando projetos na Síria. Sete desses membros têm escritórios na região. Em 2020, a Confederação da Cáritas apoiou cerca de 830 mil sírios em todo o Oriente Médio.” “Os sírios estão enfrentando condições humanitárias desesperadoras”, destaca Aloysius John, secretário-geral do órgão caritativo. No país, há novos desafios devido à crise econômica e à pandemia de covid-19 que requerem nosso apoio incondicional”. O objetivo é, portanto, “aumentar a autossuficiência e as oportunidades de subsistência sustentável e, como resultado, estimular mercados e ajudar na recuperação econômica a longo prazo em toda a região”.

Atualmente, o escritório da Cáritas Síria conta com um total de 200 funcionários e uma média de 100 voluntários que enfrentam as mesmas dificuldades que o resto da população: “Nós convivemos com a crise no país, assim como as pessoas que ajudamos”, sublinha Elias Hamwi, coordenador de projetos de caridade em Aleppo oriental.

Esperança no futuro

Mas hoje, depois de dez anos de guerra, a Cáritas também está olhando para o futuro dos sírios, tentando promover “a autossuficiência das comunidades” e fortalecendo os programas de desenvolvimento. O país enfrenta “uma grave crise econômica – lê-se na nota – 85% da população vive abaixo da linha de pobreza e mais de 11 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária”. Cerca de 6,7 milhões de pessoas estão deslocadas internamente.

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Crianças sem instrução

A situação da educação também é dramática: “Duas em cada três crianças sírias não vão à escola, enquanto os ataques a edifícios escolares continuam. A isso deve ser acrescentado o triplo impacto das sanções, dos conflitos e da Covid-19, que levou ao fechamento de muitas escolas”. Por esta razão, a Confederação da Cáritas lançou um projeto de 1 milhão de euros em Ghouta, perto de Damasco, para permitir a reconstrução de casas e a reabilitação de duas escolas.

Retirada das sanções

A ajuda da Cáritas Internacional atinge 1,5 milhões de refugiados sírios no Líbano e os mais de 600.000 na Jordânia, enquanto sua situação também é lembrada pela organização caritativa a nível internacional. De fato, em 10 de março, dirigindo-se ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, a Cáritas Internacional pediu ao governo dos Estados Unidos e à União Europeia que “removessem as sanções que impedem o acesso dos sírios às necessidades e serviços básicos e aos suprimentos de saúde, e estão inibindo a reconstrução da infraestrutura básica”.

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