Decisão torna o país adepto às medidas impostas pela ONU em resposta aos testes nucleares realizados pelo regime de Kim Jong-un
Da redação, com Agência Brasil e ONU
Na noite desta segunda-feira, 16, o presidente Michel Temer assinou decreto ratificando a Resolução 2371 da Organização das Nações Unidas (ONU), que impõe sanções à Coreia do Norte devido ao programa nuclear do país.
A resolução, assinada em 5 de agosto pelo Conselho de Segurança da ONU, proíbe investimentos na Coreia do Norte, impõe a não renovação de vistos de trabalho para norte-coreanos e impede a comercialização de produtos como minério de ferro, chumbo e frutos do mar.
O texto aprovado também frisa que os governos devem proibir seus cidadãos de iniciar novos negócios com entidades ou cidadãos da Coreia do Norte e, com certas exceções, expandir os já existentes.
As sanções da ONU à Coreia do Norte podem reduzir em até US$ 1 bilhão por ano o faturamento que o país obtém com suas exportações. A resolução é uma resposta da comunidade internacional aos testes nucleares realizados pelo regime de Kim Jong-un.
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Testes nucleares e a Resolução 2371
Em suas resoluções, sendo a de número 2371 a mais recente, o Conselho de Segurança da ONU reafirmou suas decisões de que a Coreia do Norte não deve realizar mais testes nucleares e deve abandonar todas as armas nucleares e programas nucleares existentes de forma completa, verificável e irreversível.
Neste ano de 2017, a Coreia do Norte realizou seu sexto teste nuclear desde 2006, ato qualificado em setembro deste ano, pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, um completo desrespeito com as repetidas demandas da comunidade internacional. “Um ato extremamente lamentável”, frisou Amano.
“Mais uma vez, exorto a Coreia do Norte a implementar plenamente todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA”, disse Amano, observando que sua agência continua acompanhando de perto o desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano, e continua pronta para contribuir para uma resolução pacífica da questão.
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