A fé que se fortalece quando a vida vai ficando frágil. Na segunda reportagem da série especial, exibida nesta semana pelo Canção Nova Notícias, você vê a história de pessoas que doaram a vida pelos irmãos e, apesar da doença, se esforçam para ser instrumento de amor e de paz.
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Quando a enfermidade chega e o paciente já não responde aos tratamentos começa a difícil tarefa de viver com limitações, depender dos outros e não saber ao certo quanto tempo resta.
"Dizer que alguém é jovem demais para morrer é dizer que Deus trata a vida pelo cronômetro. A vida nao é cronômetro. A vida se mede pela intensidade, se mede pelo amor com que ela é vivida", explica o guardião do Convento de São Francisco, Frei Anacleto Gapski.
O missionário saletino, Padre Marcos Almeida, fala que "a Igreja é contra que se destrua o sofrimento destruindo também a vida da pessoa que sofre e, a Igreja também é contrária a posição de se prolongar a vida onde já não há mais condições de vida".
O Santuário de Nossa Senhora da Salete, em São Paulo (SP), mantém uma Pastoral da Saúde que atende a 13 hospitais da região e faz visitas domiciliares. Como aliviar a revolta de quem está se despedindo da vida?
"Uma coisa é a não aceitação da doença, outra coisa é a revolta contra Deus, como se Ele fosse o culpado pelas nossas dores, pelo nosso sofrimento. E aí sim é importante descobrirmos a presença de Deus em nossa vida nos fortalecendo quando somos fracos, aliás é isso que São Paulo dizia: 'Quanto mais estou fraco, mais me sinto forte porque me fortaleço na graça que vem de Deus'", diz Padre Marcos.
Mesmo quem passou a vida difundindo a fé um dia também adoece. Nesta hora a presença dos irmãos de jornada traz conforto e paz de espírito.
Criar um ambiente onde o religioso se sinta amado e acolhido, é assim que os franciscanos cuidam dos seus doentes e dos seus idosos. A orientação espiritual também existe, mesmo para aqueles que passaram a vida sendo um orientador.
Frei Paulo Avelino de Assis, tem 85 anos, destes mais de 60 dedicados ao sacerdócio, quem o conheceu com saúde diz que ele trabalhava muito, escreveu dezenas de livros, mas hoje não consegue mais andar. Não se queixa da doença e ainda tem esperança de voltar a servir. "Eu estou vivo e eu tenho ainda a consciência do que eu posso fazer e eu quero fazer muito por Cristo", assinala Frei Paulo.
Veja primeira reportagem da série
.: O que fazer quando a doença é incurável?