No final da Audiência Geral, o Papa lembrou, mais uma vez, os horrores do conflito no Leste Europeu e as violentas chuvas que continuam assolando a Nigéria
Da Redação, com Vatican News
No final da Audiência Geral desta quarta-feira, 19, na Praça São Pedro, o Papa Francisco recordou mais uma vez a Ucrânia e as terríveis consequências da guerra que a está devastando. Pouco antes de concluir, Francisco falou sobre o país do Leste Europeu, onde o bombardeio da Rússia continua.
“Rezemos pela Ucrânia, rezemos pelas coisas ruins que estão acontecendo lá, as torturas, as mortes, a destruição”.
Até o momento, a Organização Mundial da Saúde confirmou 623 ataques à saúde no país. Desde o início da guerra, 428 crianças morreram e 815 ficaram feridas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os ataques contra infraestruturas civis que a Rússia está realizando na Ucrânia são atos de “puro terror” e “crimes de guerra” sob o direito internacional. “Apoiaremos a Ucrânia pelo tempo que for necessário e protegeremos os europeus”, acrescentou.
O convite a rezar pela Nigéria
Ao saudar os grupos de língua inglesa, o Papa falou sobre a situação vivida na Nigéria, atingida por chuvas violentas que causaram uma das piores enchentes dos últimos dez anos. Francisco lembrou que as inundações causaram “muitas mortes, muitos desaparecidos e danos enormes”. Falam-se de 603 vítimas que Papa recomendou a Deus.
O Pontífice ainda fez um apelo: “rezemos por aqueles que perderam a vida e por todas as pessoas provadas por uma calamidade tão devastadora”.
Segundo Francisco, nestes dias continua chovendo em 33 dos 36 Estados da Nigéria e milhares de pessoas foram evacuadas de suas casas submersas. Contam-se mais de um milhão e 300 mil deslocados. A preocupação do Papa é também com eles, para que a ajuda necessária seja assegurada.
“Que a esses nossos irmãos e irmãs não faltem nossa solidariedade e o apoio da Comunidade internacional”, ressalta o Papa.
Uma religiosa italiana missionária no povoado de Igbedor, irmã Enza Guccione, disse ao Vatican News que “nunca houve enchentes como esta”. As chuvas destruíram mais de 330 mil hectares de terra e danificaram estradas e infraestruturas vitais para a economia nacional.