Crise no país

Venezuela: Organizações católicas denunciam emigração sem precedentes

A Venezuela atravessa uma crise política e econômica, com manifestações pró e anti-Maduro, que provocaram 120 mortos desde abril

Da redação, com Agência Ecclesia

A rede de organizações católicas da América Latina e Caraíbas para as Migrações e Refugiados denunciaram, em comunicado, um fluxo de emigração “sem precedentes” da população venezuelana venezuelana para países vizinhos.

A CLAMOR, uma Rede Latino-Americana e Caribenha para as Migrações, Refugiados e Tráfico de Pessoas, alerta para a “dura situação” que os imigrantes da Venezuela têm de enfrentar, ao fugir de uma “crise humana”.

As organizações católicas da região destacam a falta de medicamentos e alimentos, o “colapso dos serviços públicos”, a inflação, a violência e os “graves violações dos Direitos Humanos”.

“Esta situação, que atenta contra a vida e a dignidade dos venezuelanos e venezuelanas, forçou milhares de pessoas a sair do país, numa diáspora sem precedentes na história democrática do país”, refere a nota da rede católica.

O padre Francesco Bortignon, scalabriniano, pároco em Cúcuta, no norte da Colômbia, refere à Rádio Vaticano que a situação da fronteira é “realmente difícil”.

“Existe uma fuga significativa de venezuelanos em direção à Colômbia ou com o sonho de chegar ao Equador, Chile e Peru”, especialmente nos últimos meses, ligadas em particular à questão da eleição da Assembleia Constituinte.

Já a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) agradeceu a posição tomada pelo Papa e a Santa Sé na última sexta-feira, 4, num renovado apelo ao respeito pelos Direitos Humanos e pela suspensão da nova Constituinte.

Dom José Luis Azuaje, vice-presidente da CEV, considerou que a Assembleia Constituinte, promovida pelo Governo de Nicolás Maduro e contestada pela oposição, foi uma “fraude”.

A Venezuela atravessa uma crise política e econômica, com manifestações pró e anti-Maduro, que provocaram 120 mortos desde abril.

O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que a Assembleia Constituinte traduz “um poder paralelo”.

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