Crise humanitária

“Se o vírus não nos matar, vamos morrer de fome”, alerta venezuelana

Com quarentena obrigatória e fronteiras fechadas, o país, em profunda crise econômica, tem sistema de saúde deplorável

Da Redação, com Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Cresce o medo perante a evolução da pandemia do coronavírus na Venezuela. Com quarentena obrigatória e fronteiras fechadas, ninguém arrisca um cenário fácil num país em profunda crise e com um sistema de saúde deplorável.

Venezuelanos aguardam atendimento médico / Foto: REUTERS/Manaure Quintero

Tal como em países com economia muito debilitada, também na Venezuela grande parte da população procura sobreviver com trabalhos informais que oferecem rendimentos baixos; e a quarentena deve agravar ainda mais este cenário.

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Uma pequena comerciante informal, em entrevista à Fundação AIS, contou a grave situação vivida pela população mais pobre. “Não sei quanto tempo teremos que suportar a quarentena, mas, se o vírus não nos matar, vamos morrer de fome”, alerta.

A crise econômica e política da Venezuelana, que já se arrasta há vários anos, já tem consequências dramáticas para as populações, especialmente as pessoas que se encontram numa posição mais vulnerável, como as crianças, os doentes e os idosos.

Consequências dramáticas que exigem medidas também de exceção. O bispo da Diocese de São Cristóbal, Dom Mario Moronta, pediu às autoridades para “garantir o acesso livre dos cidadãos a alimentos, medicamentos e cuidados médicos”.

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Graças ao auxílio de organizações como a Fundação AIS, a Igreja Católica tem tentado aliviar o sofrimento das populações que deixaram de ter meios de subsistência. Este apoio tem permitido, por exemplo, manter de portas abertas cantinas paroquiais que têm sido uma peça essencial no combate à fome em diversas regiões do país.

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