Igreja

Venezuela: Apesar de crise e pandemia, número de seminaristas aumenta

Venezuela vive crise econômica e social; número de seminaristas chegou a 804 no país

Da redação, com Fides

Igrejas na cidade de Maracaibo, na Venezuela/ Foto: David Mark por Pixabay

O trabalho de promoção vocacional na Venezuela está dando frutos. Este ano, apesar da plena crise social e econômica que atravessa o país, agravada pela situação de pandemia provocada pela covid-19, a resposta vocacional à vida ministerial do sacerdócio tem aumentado, com um total de 804 seminaristas, incluindo jovens que estão na fase preparatória ou estudando filosofia e teologia.

Conforme informou a Conferência Episcopal da Venezuela, os vários seminários diocesanos têm procurado fortalecer o discernimento espiritual dos jovens por meio de atividades que promovam a pastoral vocacional para que possam aprofundar o chamado de Deus em suas vidas. Dos 21 seminários existentes no país (incluindo três seminários propedêuticos), 186 alunos estão em preparação; 328 estudam filosofia e 290 teologia.

O Diretor do Departamento de Clero, Seminários, Vocações e Diaconato Permanente, Frei Rivelino Cáceres, destaca que, seguindo as orientações da nova Ratio Fundamentalis, “uma vez concluídos os estudos teológicos, realiza-se um ano de experiência pastoral numa paróquia, sob a orientação do pároco e de uma equipe de formadores de seminário, que dura cerca de um ano, após o qual se realiza a ordenação sacerdotal”. Atualmente, sete seminaristas estão neste processo, enquanto dois em missão, experiência proposta pelos Seminários do Caminho Neocatecumenal.

Embora o número de candidatos ao sacerdócio na Venezuela tenha aumentado este ano, a Conferência Episcopal afirma que mais vocações são necessárias para atender à escassez de padres no país, especialmente nas áreas mais remotas e nas periferias.

O Papa Francisco confiou recentemente à Diocese de San Cristóbal a pastoral do Vicariato Apostólico de Caroní, uma das áreas com maiores dificuldades de acesso e comunicação no país. São necessários missionários e sobretudo sacerdotes que garantam a vida sacramental das comunidades que aí vivem.

O aumento das vocações indígenas em todas as regiões também é um bom sinal. No Vicariato Apostólico de Caroní vivem atualmente 5 seminaristas do povo Pemon, um dos quais está para ser ordenado diácono e os outros estudantes são de filosofia e teologia. Já existia um seminário indígena na região na década de 1930, mas teve que ser fechado por falta de vocações.

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