Estudo da ONU

Sírios representam maior contingente de refugiados no mundo

Estudo do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados mostra que 23% do total de refugiados são da Síria; no primeiro semestre de 2014, 5,5 milhões de pessoas deixaram suas casas

Rádio Vaticano

Na Síria, conflitos que se estendem desde 2011 afetam a população, que se refugia em outros países / Foto: Reprodução Youtube – Fundação AIS

Na Síria, conflitos que se estendem desde 2011 afetam a população, que se refugia em outros países / Foto: Reprodução Youtube – Fundação AIS

Os sírios se tornaram, pela primeira vez, a maior população de refugiados do mundo, representando 23% do total e ultrapassando os afegãos, que ocuparam a primeira posição durante mais de três décadas.

Um estudo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), divulgado quarta-feira, 7, aponta que 5,5 milhões de pessoas deixaram suas casas no primeiro semestre de 2014. Até então, o Acnur apoiava no total 46,3 milhões de pessoas, 3,4 milhões a mais do que no final de 2013.

Depois da Síria (3 milhões de refugiados em junho de 2014) e do Afeganistão (2,7 milhões), os principais países de origem dos refugiados são Somália (1,1 milhão), Sudão (670 mil), Sudão do Sul (509 mil), República Democrática do Congo (493 mil), Mianmar  (480 mil) e Iraque (426 mil).

A lista dos países que acolhem mais refugiados é liderada pelo Paquistão (1,6 milhão de refugiados afegãos) e inclui Líbano (1,1 milhão), Irã (982 mil), Turquia (824 mil), Jordânia (737 mil), Etiópia (588 mil), Quênia (537 mil) e Chade (455 mil).

Assistência

“Em 2014, vimos o número de pessoas sob os nossos cuidados crescer para níveis sem precedentes. Enquanto a comunidade internacional não encontrar soluções políticas para os conflitos existentes e sem prevenir o começo de outros, vamos continuar a ter de lidar com as dramáticas consequências humanitárias”, disse o alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, em comunicado.

O alto comissário destacou que são sobretudo “comunidades pobres” que têm suportado os custos de apoio aos refugiados, apelando a um reforço da solidariedade internacional para “evitar o risco de mais pessoas e mais vulneráveis ficarem sem o suporte adequado”.

Dados do Acnur mostram também que, no ano passado, cerca de 3.500 imigrantes morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

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