Menores em perigo

Segundo Unicef, número de crianças mortas em conflito é alarmante

Entidade alerta que só no Iêmen mais de cinco mil crianças foram feridas ou mortas

Da redação, com Ansa

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um relatório em que classificou como “chocante” o número de crianças vítimas de atentados violentos em todo o mundo em 2017.

O relatório foi divulgado nesta quinta-feira, 28, e afirma que os países ignoraram as leis internacionais para a proteção dos mais vulneráveis e atacaram escolas e parques infantis com frequência. Apenas no Iêmen, após mais de mil dias de conflitos, cinco mil crianças foram mortas ou feridas ― em número que pode ser ainda muito maior dada a dificuldade de chegar às áreas mais remotas do país.

O Afeganistão, por exemplo, registrou a morte de 700 crianças. No nordeste da Nigéria e do Camarões, o grupo terrorista Boko Haram obrigou ao menos 135 menores a fazer ataques kamikazes. Conforme o Unicef, este número é cinco vezes maior do que o registrado em 2016.

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Além do Boko Haram, a “tática” de recrutar crianças para o combate foi usada no República Centro-Africana, onde milhares sofrem abusos, e no Sudão do Sul, onde estima-se que 19 mil foram obrigadas a lutar.

No Iraque e na Síria, a entidade denuncia que as crianças foram usadas frequentemente como “escudos humanos”, foram mantidas presas ou sob assédio, tornaram-se alvos de grupos rivais e viveram diariamente com bombardeios e violências de todos os tipos.

Segundo o relatório, há 11 milhões de crianças no mundo necessitando de ajuda humanitária. Dos 1,8 milhão de menores que sofrem com a má nutrição, 385 mil têm o problema de maneira “grave” e correm o risco de morrer se não receberem assistência imediata.

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