Crianças on-line

Unicef divulga pesquisa sobre crianças e o ambiente digital

Segundo relatório, um em cada três usuários da internet tem menos de 18 anos de idade

Da redação, com Unicef

Situação Mundial da Infância 2017

Situação Mundial da Infância 2017

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) publicou nesta segunda-feira, 11, um relatório intitulado “Situação Mundial da Infância 2017: Crianças e adolescentes em um mundo digital”, no qual examina a presença on-line de crianças e adolescentes. Segundo os dados apontados pela pesquisa, um em cada três usuários na internet em todo o mundo tem menos de 18 anos de idade.

A pesquisa mostrou ainda que a tecnologia digital apresenta perigos e oportunidades. “Para o bem e para o mal, a tecnologia digital é agora um fato irreversível em nossa vida”, disse o diretor executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Em um mundo digital, nosso duplo desafio é como mitigar os danos maximizando os benefícios da internet para cada criança e cada adolescente”, reiterou.

A internet também é um terreno fértil para o desenvolvimento socioeconômico. Atualmente, porém, 346 milhões de crianças e adolescentes, entre 15 e 24 anos, não estão on-line. São crianças que crescem na pobreza e estão cada vez menos aptas a participar de uma economia cada vez mais digital.

Privacidade ameaçada

O relatório também mostrou que diversas crianças estão expostas a ataques virtuais, incluindo o uso indevido de suas informações privadas, o acesso a conteúdos prejudiciais e o cyberbullying. A onipresença de dispositivos móveis, segundo o estudo, fez o acesso online ser menos supervisionado para muitos meninos e meninas ― e potencialmente mais perigoso. Cerca de 92% dos ataques contra crianças envolvendo abusos sexuais no mundo todo têm origem em cinco países, segundo a Internet Watch Foundation: Holanda, Estados Unidos, Canadá, França e a Rússia.

Ainda que as respostas a esses crimes possam variar de cultura para cultura, um ponto em comum é que os menores, com frequência, relatam os casos de ameaças on-line primeiro aos seus amigos. Isto acaba dificultando que os pais protejam seus filhos.

Na pesquisa duas perguntas foram feitas a elas: o que você gosta e o que você não gosta na rede mundial de computadores. Cerca de 23% das crianças responderam que violência era o aspecto que menos gostavam. As meninas, por sua vez, foram as mais sensíveis contra a violência e 27% delas disseram que já se sentiram ameaçadas contra 20% dos meninos. Mas ambos os sexos foram igualmente atingidos por conteúdo pornográfico indesejado, sendo 32% às meninas e 33% aos meninos.

A pesquisa, disponível apenas em inglês, pode ser lida aqui.

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