Crise Mundial

Santa Sé: água não é mercadoria, mas direito humano fundamental

Preocupação com a água foi expressa pelo mons. John Putzer, encarregado de assuntos ad interim da Missão Permanente da Santa Sé em Genebra

Da redação, com Vatican News

Santa Sé: água não é mercadoria, mas direito humano fundamental./ Foto: Imagem de rony michaud por Pixabay

“A água não é uma mercadoria; é um símbolo universal e uma fonte de vida e saúde.” Portanto, é necessário garantir água potável e saneamento para todos“. Foi o que disse o mons. John Putzer, encarregado interino de assuntos da Missão Permanente da Santa Sé, em Genebra, na Suíça, falando no Diálogo Interativo sobre Água e Saneamento no âmbito da 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, realizada nesta quarta-feira, 15. 

As palavras do prelado foram proferidas após o Relatório do Relator Especial sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento. Esse relatório sensibiliza para a gravidade da crise mundial da água enfrentada pela humanidade, exacerbada pelo financiamento da água, pelas mudanças climáticas e pela recente pandemia da Covid-19.

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A dívida para com os pobres

“O acesso universal à água potável é fundamental para promover a dignidade da pessoa humana e sempre foi uma prioridade para a Santa Sé”, disse mons. Putzer, lembrando as palavras do Papa Francisco: “O acesso à água potável é um direito humano fundamental e universal, já que é essencial para a sobrevivência humana e, como tal, é uma condição para o exercício de outros direitos humanos”.

“O nosso mundo”, acrescentou ele, “tem uma grande dívida social com os pobres que não têm acesso à água potável, porque lhes é negado o direito a uma vida coerente com sua dignidade inalienável”. Olhando para os tempos de hoje, o representante da Santa Sé destacou o fato de que, “não obstante o progresso tecnológico”, o acesso à água potável “não está ao alcance de todos”. Uma “lacuna agravada ainda mais pelos efeitos nocivos das mudanças climáticas e pela atual crise sanitária da Covid-19 que ampliou as desigualdades sociais e econômicas, evidenciando os danos causados pela ausência ou pela ineficiência dos serviços hídricos entre os mais necessitados”.

O prelado lembrou que “o acesso universal à água potável e ao saneamento não é apenas uma prioridade urgente, dada a necessidade de reduzir os riscos de emergências sanitárias globais”, mas é também “uma grave responsabilidade compartilhada por todos, para que cada um de nossos irmãos e irmãs possa desfrutar de uma vida digna”. O desejo conclusivo foi o de “uma ação planejada e coordenada em nome de todas as partes interessadas” para “garantir que todas as pessoas tenham acesso a água limpa e adequada”.

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