Prosseguindo o estudo sobre os ensinamentos de São Paulo, o Papa Bento XVI refletiu hoje, 3, sobre a relação que o Apóstolo estabelece entre o primeiro Adão e Cristo, na Carta aos Romanos e também na primeira Epístola aos Coríntios. Cerca de sete mil peregrinos se reuniram na Sala Paulo VI, no Vaticano, para a Audiência Geral com o Papa.
"Quando Paulo recorda a queda da humanidade em Adão, é sempre para sublinhar a superabundância da graça que esta recebeu em Cristo", destacou Bento XVI. "O pecado de Adão nunca pode ser apresentado isolado do horizonte da justificação que a humanidade encontra em Cristo".
"Só Cristo, como novo Adão, libertou a humanidade do pecado e da morte, mediante o dom da graça da justificação. O Batismo não só livra do pecado original, mas também coloca o homem, de novo, no relacionamento com Deus, fazendo-o Seu filho. O batizado é introduzido numa vida totalmente nova, sustentada pelo dom do Espírito Santo".
A "gloriosa liberdade dos filhos de Deus" de que fala Paulo na Carta aos Romanos, dom do Espírito Santo no Batismo e no Crisma, exprime-se no serviço do Senhor através dos nossos irmãos e torna-nos ativamente responsáveis por todos os que ainda não vivem em Cristo, para que também estes possam descobrir a esperança que lhes está reservada, graças ao amor gratuito de Deus. Tudo isto está de algum modo contido numa visão global da doutrina do pecado original, formulada pela Igreja a partir dos ensinamentos de Paulo:
"A doutrina de São Paulo, a partir da qual a Igreja formulou o dogma do pecado original, sintetiza a reflexão judaica do seu tempo sobre o drama do pecado, tal como dele falam os três primeiros capítulos do Gênesis. Ela reconhece ao mesmo tempo as consequências fatais do pecado de Adão em que toda a humanidade ficou envolvida e a responsabilidade pessoal dos homens perante os pecados que cometem".
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