O candidato centrista Bronislaw Komorowski venceu por estreita margem a eleição presidencial polonesa e, junto com o primeiro-ministro Donald Tusk, seu aliado, deve concretizar as reformas econômicas prometidas.
Komorowski, que como Tusk pertence ao partido Plataforma Cívica, obteve 52,6% dos votos no segundo turno da eleição, neste domingo, 4, conforme resultado de 95% das cédulas apuradas. Seu rival conservador, Jaroslaw Kaczynski, teve um desempenho bem superior ao esperado.
Analistas dizem que o acirramento da disputa, a iminência de uma eleição local e um pleito parlamentar previsto para 2011 podem fazer com que Tusk seja mais cauteloso na adoção de medidas impopulares.
O Goldman Sachs disse em nota a seus clientes que a vitória de Komorowski foi "positiva para o mercado". "Entretanto, essas reformas parecem cada vez mais improváveis de acontecerem rapidamente, já que as eleições locais e parlamentares estão se aproximando."
A Polônia enfrenta problemas de déficit, dívida pública e previdência, além de uma crise na saúde pública. Pelo sistema político do país, o presidente pode propor e vetar leis, tem influência sobre a política externa e nomeia ocupantes de cargos importantes.
Kaczynski, que ficou com 47,4% dos votos, tentava suceder ao seu irmão gêmeo, Lech, que morreu em abril num acidente aéreo. Como presidente, Lech Kaczynski vetou algumas iniciativas de Tusk.
"Vocês têm todo o poder agora. Mostrem-nos o que podem fazer", foi a manchete, do Fakt, mais popular jornal polonês, referindo-se ao Plataforma Cívica.
Outros jornais também cobraram reformas, e o Gazeta Wyborcza previu que Tusk vai perder a eleição parlamentar de 2011 se não as fizer.
O zloty, moeda local, registrou na segunda-feira uma ligeira valorização frente ao euro e o dólar, num sinal de alívio dos mercados com o resultado.
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