Milhares de peregrinos de todas as partes do mundo participaram, neste domingo, 06, da tradicional procissão de Domingo de Ramos em Jerusalém, recordando a entrada triunfal de Jesus na cidade.
O vice-custódio da Terra Santa, Frei Artemio Vítores, conduziu uma das alas da procissão e explicou o sentido desta celebração. "Hoje, recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém como Messias, como um rei montado sobre um burrinho, símbolo de pobreza e de simplicidade", declarou.
Ramos de palmeiras e de oliveiras, cruzes de madeira e bandeiras de diversas associações e irmandades percorreram os mais de cinco quilômetros de ruas de pedras do Monte das Oliveiras e da antiga Jerusalém. Os fiéis se encontraram na Igreja de Betfagé, situada fora dos muros, onde, segundo a tradição do século VII, se encontra a pedra usada por Jesus para subir no jumentinho com o qual entrou em Jerusalém. Os peregrinos entoaram cânticos em árabe, inglês, francês, latim, espanhol e português, especialmente o "Hosana".
Diversas nacionalidades estava reunidas, como os trabalhadores católicos das Filipinas que vivem em Israel e jovens palestinos com uniformes escoceses. Os jovens desfilaram com brasões dos "Escoteiros católicos árabes", tocando tambores e recitando salmos através de alto-falantes.
Para os peregrinos em visita à Terra Santa durante a Páscoa, percorrer as ruas de Jerusalém é como retornar a um espírito de simplicidade muito diferente da suntuosidade de algumas procissões. Frades, monjas, sacerdotes de várias congregações, inclusive da África subsaariana, seguiram juntos os passos de Jesus até chegar ao templo de Santa Ana, onde se encontra uma capela em memória da mãe de Nossa Senhora.
Os fiéis passaram também junto ao Horto de Getsêmani, local no qual, segundo o Evangelho, Jesus viveu a noite da Paixão antes que Judas o entregasse aos soldados romanos.
Neste ano, a Semana Santa coincide com a Páscoa judaica (Pessach), que recorda a libertação dos hebreus no Egito.
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