Abrigo de refugiados

Escola católica é destruída em Gaza

De acordo com o sacerdote que cuida da instituição, além da escola, algumas salas da paróquia também foram atingidas. No local estão refugiadas 29 crianças e 9 idosos

Tradução: Liliane Borges
Da Redação, com Agência Fides

Um bomba lançada pelo exército israelense,  na manhã desta terça-feira, 29, à Faixa de Gaza, destruiu a escola da Paróquia Sagrada Família. A informação foi enviada à Agencia Fides pelo pároco, Jorge Hernandez.

A escola estava localizada próximo à Igreja que acolhe centenas de pessoas que tiveram as casas destruídas desde o início dos conflitos neste mês. A bomba atingiu a escola, o escritório do pároco e algumas áreas da paróquia.

O alvo dos israelenses era uma casa, próximo à paróquia que fica localizada em um bairro do lado oriental de Gaza. Segundo o sacerdote, desde a tarde desta segunda-feira, 28, forças israelenses começaram a avisar por SMS que o local seria atingido e pediam que os civis abandonassem o local.

Padre Hernandez informou que muitos conseguiram fugir, porém, algumas pessoas permaneceram na Igreja. Além de Padre Hernandez,  um outro sacerdote da Congregação do Verbo Encarnado, três religiosas, 29 crianças e nove idosos não conseguiram fugir, mas ninguém ficou ferido.

“Passamos uma madrugada difícil, mas estamos aqui! Essa guerra absurda continua após ter distruído o bairro de Shujayeh, agora tem como alvo o Zeitun. Tudo está acontecendo ao redor de nós. O Hamas continua a lançar bombas sobre Israel e depois se esconde nos arredores e nós não podemos fazer absolutamente nada. Não podemos fugir, pois seria impossível com as crianças, e pode ser mais perigoso fugir do que permanecer, por isso, procuramos ficar nos locais mais seguros, como o subsolo”, contou o sacerdote.

Em declaração à Agência Fides, o vigário patriarcal de Jerusalém, Dom William Shomali, destacou que se trata de uma “espiral de violência absurda”. O bispo pede que ouçam a voz da razão e parem com o massacre, dando passos para uma verdadeira negociação e assim resolver os problemas.

“Se isso não acontecer, toda essa violência continuará a repetir-se como num ciclo, as mesmas causas  continuarão a produzir os mesmos efeitos”, concluiu o bispo.

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