Patriarca da Igreja Católica Caldeia manifestou preocupação em meio à crise entre os EUA e o Irã
Da redação, com Vatican News
No contexto da crise entre os Estados Unidos da América (EUA) e o Irã, o Patriarca da Igreja Católica Caldeia, cardeal Louis Raphael I Sako, fez um forte apelo para que as partes dialoguem para evitar novos derramamentos de sangue a uma população já exausta.
A tensão aumentou na última sexta-feira, 3, com o assassinato do general iraniano Soleimani, em Bagdá, após ataque autorizado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. No sábado, 4, dezenas de milhares de pessoas participaram na capital iraquiana do cortejo fúnebre do militar, gritando slogans contra os EUA.
Mísseis e morteiros foram lançados neste sábado, 4, na área verde de Bagdá, onde se encontra a embaixada dos EUA, e contra uma base militar mais ao norte, onde estão destacados soldados estadunidenses, sem causar vítimas.
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Os Estados Unidos selecionaram 52 locais no Irã que serão atacados “de modo rápido e duramente”, afirmou Trump, se a República Islâmica atacar pessoal ou locais estadunidenses. Neste contexto, o Patriarca Sako declarou: “Os iraquianos, ainda estão chocados com o que aconteceu na semana passada. Eles temem que o Iraque se torne um campo de batalha, em vez de ser uma nação soberana capaz de proteger seus cidadãos e suas riquezas”.
O cardeal prosseguiu: “Em circunstâncias tão críticas e tensas, é sábio realizar um encontro em que todas as partes envolvidas se sentem em torno de uma mesa para um diálogo sensato e civilizado que poupará consequências inesperadas para o Iraque. Nós imploramos a Deus Todo-Poderoso, que garanta ao Iraque e à região uma vida normal, pacífica, estável e segura, à qual aspiramos”.
Neste sábado o Papa Francisco, em sua conta no Twitter, invocou a paz: “Devemos acreditar que o outro tem a nossa mesma necessidade de paz. Não se obtém a paz se não se espera por ela. Peçamos ao Senhor o dom da paz!”.