Novas decisões

Charlie Gard: neurologista dos EUA irá a Londres na próxima semana

Médico que é especialista em doenças mitocondriais vai avaliar a situação de Charlie e participar de encontro com especialistas

Rádio Vaticano em italiano

O neurologista estadunidense que gostaria de tentar a terapia experimental para Charlie Gard irá a Londres na próxima semana, 17 e 18 de julho, para avaliar a situação do menino e participar de um encontro de especialistas. Estas são as novas decisões que surgiram na audiência desta sexta-feira, 14, na Alta Corte de Londres, sobre o caso do bebê de 11 meses que sofre de uma doença genética rara.

Até agora, a Alta Corte negou a possibilidade de tentar um tratamento experimental nos Estados Unidos, abrindo caminho – por hora suspenso – para desligar o respirador artificial que mantém Charlie vivo. Esse era um desejo do hospital onde Charlie está internado, mas os pais do menino são contra e querem dar a ele uma chance.

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O médico estadunidense se chama Michio Hirano, é especialista em doenças mitocondriais e é o responsável pela divisão de doenças neuromusculares no Departamento de Neurologia da Universidade de Columbia, em Nova Iorque. As audiências finais ficaram marcadas para os dias 24 e 25 de julho.

Ontem, por videoconferência de Nova Iorque, Hirano explicou que o eletroencefalograma do menino mostra uma desorganização da atividade cerebral, mas não um dano estrutural maior. O único modo de dizer o quanto seja permanente o dano cerebral do pequeno Charlie é tentar a terapia, disse o médico. Segundo ele, o menino tem ao menos 10%, mas talvez até mesmo 50% de chance de melhora e, portanto, vale a pena tentar.

Para o presidente do Movimento para a Vida italiano, Gian Luigi Gigli, a questão foi malposta pela magistratura britânica desde o início, porque o problema não é saber se este menino tem possibilidade de recuperação, mas com que autoridade a magistratura pode estabelecer que seja o momento de morrer, para uma criança. “O ponto da questão é o valor da vida humana independentemente do grau de deficiência”, enfatizou Gigli.

“Charlie tem o direito de viver – diz – e aos seus pais deveria ser feito um monumento, no sentido material do termo, porque fizeram o mundo inteiro, até suas mais altas autoridades, interrogar-se sobre o que estava acontecendo em volta de um pequeno menino que, como todos os seres humanos, tem um valor que é imensurável”.

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