Decisão

Charlie Gard será transferido a centro para doentes terminais

Confirmação da transferência foi dada pelo juiz Nicholas Francis nesta quinta-feira

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

O pequeno Charlie Gard será transferido para um centro para doentes terminais, onde em breve será interrompida a respiração artificial. A confirmação foi dada nesta quinta-feira, 27, pelo juiz Nicholas Francis, da Alta Corte da Justiça Britânica. A decisão havia sido preanunciada ontem pelo juiz como ultimato – prazo que terminou hoje às 12h de Londres – na falta de acordo entre os pais do menino e o hospital Great Ormond Street de Londres, onde Charlie está hospitalizado.

Acesse
.: Outras notícias sobre o caso Charlie Gard

Os pais de Charlie, Connie Yates e Chris Gard, que tinham renunciado à ideia de voltar com o filho para casa para seus últimos dias de vida, desejaram que a criança fosse ao menos assistida e mantida em vida no centro para doentes terminais para ter a possibilidade de passar com ele alguns dias de “tranquilidade”. A solução, segundo o hospital londrino, além de ser pouco praticada agravaria os sofrimentos do pequeno. A ausência de cura declarada pelos médicos e sancionada pela Corte britânica – que impediu que o menino tivesse acesso ao tratamento experimental nos Estados Unidos ou no Hospital Menino Jesus – decretou, portanto, a palavra final sobre a vida de Charlie.

O bioeticista Adriano Pessina afirma que este é o momento de tirar os holofotes da mídia sobre este caso e respeitar a privacidade dos pais e da equipe médica que assiste o pequeno. Neste sentido, foi decidido não revelar a data e o horário da transferência do pequeno Charlie para o centro, cujo nome também não se conhece.

Charlie Gard, de apenas 11 meses, sofre de uma rara doença mitocondrial. A justiça britânica determinou o desligamento dos aparelhos, mas os pais foram contra e apresentaram recursos para tentar levar o menino aos Estados Unidos para um tratamento experimental, o que foi negado. Diante das últimas avaliações médicas e do quadro irreversível da doença, os pais decidiram retirar a ação legal que poderia salvar o bebê. 

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo