O Centro Astalli pede soluções imediatas para proteger a vida e a dignidade dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo
Da redação, com Reuters
Autoridades líbias informaram que transportaram dezenas de migrantes que sobreviveram ao naufrágio desta quinta-feira, 25. Todos foram enviados a um centro de detenção próximo a Trípoli.
Mais de 150 estão desaparecidos. Teme-se que este seja o pior naufrágio deste ano no Mar Mediterrâneo. A agência de refugiados das Nações Unidas informou que os sobreviventes foram levados a um centro de detenção de Tajoura, localizado próximo às linhas de frente de luta entre facções rivais da Líbia.
No início deste mês, o Papa Francisco lamentou um ataque aéreo no centro de Tajoura, em que diversas pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas.
O Santo Padre pediu aos corredores humanitários passagem segura para os migrantes mais necessitados e pediu aos políticos novas legislações que salvem as vidas e a dignidade das pessoas que fogem da guerra, da perseguição e da pobreza.
Após esta última tragédia no mar, muitas organizações que trabalham com migrantes e refugiados apelaram à ação, incluindo o Centro Astalli, administrado por jesuítas em Roma.
Francesca Cuomo, Oficial de Comunicações do Centro Astalli, disse à Rádio Vaticano que está convocando as instituições nacionais e a comunidade internacional a implementarem planos para evitar mais perdas de vidas. Eis os pedidos:
1. Restaurar imediatamente as operações de busca e resgate no mar;
2. Elaborar um plano de evacuação dos migrantes da Líbia, onde suas vidas estão em perigo devido à violência e o abuso praticados diariamente;
3. Proporcionar rotas legais de entrada na Europa para os migrantes que são agora obrigados a recorrer ao tráfico humano na ausência de rotas seguras e regulamentadas;
4. Abrir canais humanitários para aqueles que fogem de guerras, perseguições e extrema pobreza e têm o direito de pedir proteção e acolhimento na Europa.