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Reflexões sobre o sacerdócio

Cardeal Arinze lança novo livro sobre a vida sacerdotal

"A Igreja, desde sempre, valorizou muito o celibato dos sacerdotes". Esta é a afirmação do Cardeal Francis Arinze, até há alguns dias prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em seu novo livro "Reflexões sobre o sacerdócio, carta a um jovem sacerdote", publicado pela Livraria Editora Vaticana e apresentado nesta terça-feira, 16, na sede da Rádio Vaticano.

"Cristo viveu uma vida virginal, ensinou a castidade a seus discípulos e propôs a virgindade aos que estão dispostos e em grau de seguir um chamado semelhante", explica o cardeal Arinze em seu livro.

Voto de Castidade

"Na vida sacerdotal, a continência perpétua pelo Reino dos Céus expressa e estimula a caridade pastoral. É uma fonte especial de fecundidade espiritual no mundo, é um testemunho que resplandece no mundo como caminho eficaz para o seguimento de Cristo", disse.

O Cardeal assinalou que no mundo de hoje, "imerso em uma preocupação exagerada pelo sexo e por sua dessacralização, um presbítero que vive com alegria, fidelidade e positivamente seu próprio voto de castidade é um testemunho que não pode ser ignorado".

"Através do celibato sacerdotal, o presbítero se consagra mais intimamente a Cristo no exercício da paternidade espiritual, manifesta-se com mais disponibilidade como ministro de Cristo, esposo da Igreja", e pode "verdadeiramente apresentar-se como sinal vivo do mundo futuro, que já está presente por meio da fé e da caridade", considerou.

"O sacerdote não deve duvidar do valor ou da possibilidade do celibato por causa da ameaça que a solidão representa, pois ela está presente em certa dose em todo estado de vida, também na vida matrimonial", prossegue o purpurado.  

Seria, portanto, um equívoco tentar evitar a solidão, "lançando-se cada vez mais à atividade e organizando continuamente encontros, viagens ou visitas".

Oração pessoal e fraternidade

O que o sacerdote precisa, ao contrário, é "silêncio, quietude e recolhimento para estar na presença de Deus, dar maior atenção a Deus e encontrar Cristo na oração pessoal diante do tabernáculo", porque "só então será capaz de ver Cristo em cada pessoa que encontrar durante seu ministério".

Para viver bem o celibato, também é importante a contribuição da fraternidade, até o ponto de que "o ideal é que o bispo faça que os sacerdotes vivam de dois em dois ou de três em três por paróquia, em vez de sozinhos", porque "têm necessidade uns dos outros para desenvolver ao máximo suas potencialidades".

O Cardeal acrescenta em seu livro que o sacerdote "tem Cristo como Mestre", e ainda que "não lhe seja possível imitar sua forma de atuar em cada detalhe, isso não nos exime de seguí-lo da forma mais próxima possível".

Obediência e pobreza

Para Cardeal Francis, a obediência que o sacerdote vive com relação ao Papa, ao bispo e a seus representantes "baseia-se na fé" e é o instrumento através do qual "o sacerdote dá a Deus a possibilidade de servir-se plenamente dele para realizar a missão da Igreja".

"Deus protege o sacerdote que respeita e obedece a seu bispo com fidelidade firme e nobreza de caráter". Como seguidor de Cristo, que em sua vida terrena viveu como pobre, o presbítero está chamado à pobreza.

"A virtude da pobreza tem a ver também com o uso pessoal do próprio dinheiro. Evitando tudo aquilo que possa apegá-lo aos bens terrenos e incliná-lo a gastos excessivos, o sacerdote deve lembrar-se dos pobres, dos enfermos, dos idosos e de todos os necessitados em geral", afirmou. "Os meios de transporte, a casa, o mobiliário, a veste, não devem colocar-lhe do lado dos ricos e dos poderosos", acrescentou. 

E, assim, concluiu: "Um teste sobre a generosidade do sacerdote pode consistir em perguntar-se que motivos de caridade se incluem em seus desejos e quantas pessoas pobres, seminaristas ou candidatos à vida consagrada chorarão em sua morte, reconhecendo que faleceu seu pai em Cristo e seu benfeitor".

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