Crise

Bispos do Peru exortam ao diálogo para a resolução de conflitos no país

Os bispos peruanos publicaram uma declaração que reflete o que a população tem expressado nas ruas

Da redação, com Agência Fides

Polícia e manifestantes entraram em confronto e o gás lacrimogêneo inundou as ruas de Lima no sábado, 14, em meio a uma onda de manifestações que se intensificou em todo o país desde a saída do ex-líder Martin Vizcarra / Foto: Reprodução Reuters

Depois de tomar posse após o impeachment do presidente Vizcarra em 10 de novembro, o Presidente do Parlamento do Peru, Manuel Merino, renunciou neste domingo, 15. A renúncia aconteceu após uma série de protestos do povo peruano durante a semana. No sábado, 14, durante os protestos gerais contra a nomeação de Manuel Merino, dois jovens foram mortos.

Um dos dois homens foi levado ao hospital de Almenara, que emitiu um nota na qual dizia: “Um paciente do sexo masculino, com cerca de 25 anos, foi internado às 20h20 devido a ferimentos a bala. Foi internado na área de Traumas e Choques do Pronto Socorro, onde foi recebido pela equipe de segurança, encarregada de avisar a chegada do corpo”. Além de duas vítimas fatais, o conflito deixou ainda 107 feridos, dos quais 34 em estado grave. 

A Conferência Episcopal Peruana (CEP) publicou uma declaração acerca da crise política que assola o país, refletindo o que a população expressou em diversas manifestações públicas: “A cada dia a desconfiança, a incerteza e a insegurança sofridas pelo povo prejudicam irreversivelmente o progresso do Peru. Para sair desta crise é necessário que o caminho esteja livre. É imprescindível ouvir os gritos e exigências do povo, para recuperar a confiança, a tranquilidade e a paz social. Portanto, os esforços para alcançar um ‘diálogo social’ profundo e abrangente são de fundamental importância na busca por soluções alternativas para estes conflitos”.

Na noite domingo, 14, o Congresso se reuniu em sessão extraordinária com o objetivo de encontrar uma solução e um substituto para o presidente, que permanecerá no cargo até as eleições presidenciais de 11 de abril de 2021.

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