Internacional

Após explosão na capital, países prestam solidariedade ao Líbano

Cidade de Beirute tenta se refazer; diversos países ofereceram ajuda

Da redação, com Reuters

Dois dias após a enorme explosão em um armazém no porto de Beirute que levou a uma onda de devastação sobre a capital do Líbano, a cidade tenta se refazer.

Até agora, o balanço é de que cerca de 5 mil feridos, 250 mil desabrigados e 135 mortos, pelo menos. Ainda há dezenas de desaparecidos.

A explosão foi a mais poderosa a atingir Beirute, uma cidade ainda com cicatrizes da guerra civil de três décadas atrás, e impactada por uma crise econômica e por um aumento de casos de coronavírus. Para muitos, foi uma dolorosa lembrança da guerra civil entre 1975 e 1990 que rasgou a nação em duas e destruiu faixas de Beirute, muitas das quais foram reconstruídas. A reconstrução pós-guerra e a corrupção política atolaram o Líbano em dívidas gigantescas.

O presidente do Líbano, Michel Aoun, disse que 2.750 toneladas de nitrato de amônio, usado em fertilizantes e bombas, estavam armazenadas há seis anos no porto, sem medidas de segurança.

Em um pronunciamento à nação durante uma sessão de emergência do gabinete, Aoun disse: “Nenhuma palavra pode descrever o horror que atingiu Beirute na noite passada.” Ele afirmou para a população que o governo está “determinado a investigar e expor o que aconteceu assim que possível, além de responsabilizar os culpados e negligentes, impondo a eles a punição mais severa”.

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Apoio dos países

Estados Unidos, Reino Unido, França e outras nações ocidentais, que exigem mudanças políticas e econômicas no Líbano, ofereceram ajuda. Alemanha, Holanda e Chipre ofereceram equipes especializadas de busca e resgate. O presidente Jair Bolsonaro também anunciou que o Brasil enviará ajuda ao país.

A Torre Eiffel de Paris apagou, nesta quarta-feira, 5, as luzes uma hora antes do habitual para recordar as vítimas libanesas. No início da noite, uma vigília à luz de velas foi realizada do lado de fora da Sacre Coeur, em Paris, onde as pessoas estavam em silêncio, envoltas em bandeiras libanesas.

Hoje, dois aviões franceses chegam ao país com 55 equipes de resgate, equipamentos médicos e uma clínica móvel. O presidente francês Emmanuel Macron também foi ao Líbano nesta quinta-feira, 6. Outros países árabes e europeus estão enviando médicos e equipamentos.

O vermelho, o branco e o verde cedro da bandeira libanesa foram iluminados também ontem em uma praça de Tel Aviv, em uma demonstração de solidariedade israelense com Beirute, apesar do estado técnico de guerra com o Líbano há gerações.

Na Cisjordânia, o presidente palestino Mahmoud Abbas declarou um dia de luto e ordenou que as bandeiras palestinas no território fossem reduzidas a meio mastro em solidariedade ao Líbano.

Em Gaza, dezenas acenderam velas para prestar homenagem às vítimas da explosão.

Nações Unidas

As agências das Nações Unidas se reuniram na quarta-feira, 5, para coordenar os esforços de socorro ao Líbano, disse Tamara al-Rifai, porta-voz da UNRWA, agência da ONU que presta assistência aos refugiados palestinos no Líbano e em outros países do Oriente Médio.

“A ONU em geral, e a UNRWA em particular, estão muito preocupadas com a situação no Líbano por causa das muitas camadas dessa crise. É uma crise econômica, financeira, política, de saúde e agora esta horrível explosão, afirmou.

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