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Solidariedade

Rio Grande do Sul: voluntários se empenham para ajudar desabrigados

Em meio ao desastre vivido no Rio Grande do Sul, Dom Jaime Spengler afirma: “Não percamos a fé e não percamos a esperança”; voluntários trabalham 24 horas para ajudar vítimas das chuvas

Da redação

Voluntários trabalham em pontos de coleta de doações em Porto Alegre / Foto: Arquidiocese POA

O Rio Grande do Sul enfrenta o maior desastre natural de sua história. De acordo com o boletim da Defesa Civil do Estado, divulgado na manhã desta terça-feira, 7, o número de pessoas afetadas pelas chuvas subiu para 1,3 milhão.

Dos 497 municípios do estado, 388 tiveram problemas relacionados às chuvas. Os dados registram que o número de mortos subiu para 90 e há quatro óbitos em investigação, há 132 desaparecidos e 361 feridos. Mais de 203 mil pessoas estão desalojadas, desse total, 48,1 mil estão em abrigos e 155,7 mil estão desalojados (em casas de familiares ou amigos).

O rio Guaíba, que corta a cidade de Porto Alegre, subiu mais de 5 metros nos últimos dias deixando milhares de desabrigados. A região metropolitana também enfrenta os danos causados por esse desastre: as cidades de Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo estão entre as mais danificadas.

Neste momento, milhares de pessoas estão empenhadas em resgatar e promover uma grande virtude: a esperança. Na reportagem exibida nesta segunda-feira, 6, em nosso telejornal, Sidinei Fernandes mostra o empenho de comunidades e voluntários para ajudar as vítimas.

Reveja a reportagem de Sidinei Fernandes

“São mais de duas mil e quinhentas pessoas que tiveram que sair de suas casas, boa parte delas estão abrigadas em salões paroquiais e locais que a prefeitura está gerenciando. E boa parte dessas pessoas conseguiram locais em abrigos de familiares, amigos”, conta Pedro Stein, voluntário da Paróquia São Vicente de Paulo, em Porto Alegre.

A região metropolitana de Porto Alegre reúne 34 municípios, onde vivem mais de quatro milhões de pessoas. Todas as cidades foram afetadas pelas enchentes. Metade da capital gaúcha está sem energia elétrica. Quatro das seis estações de água estão paradas. A prefeitura decretou racionamento, e o abastecimento tem sido feito com caminhões-pipa. Quinze hospitais da região temem pela falta de insumos, como oxigênio, respiradores e itens básicos.

Vista de drone mostra centro de cidade de Porto Alegre (RS) inundado / Foto: REUTERS/Renan Mattos

O Arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, Dom Jaime Spengler, está na capital do estado e acompanha de perto a situação.

“Os bueiros continuam jogando água para dentro de alguns espaços da cidade, e há bairros que continuam sendo evacuados, porque a água tomou conta de tudo. Estamos disponibilizando espaços, o poder público está muito empenhado, as forças armadas, defesa civil, enfim, tem uma multidão aqui de homens e mulheres, extraordinários, trabalhando e se dedicando”, disse Dom Jaime.

Solidariedade

Um cenário desolador, mas que não é capaz de remover a esperança. Em Canoas (RS), uma das cidades mais atingidas pelos alagamentos, os voluntários trabalham 24 horas para auxiliar os desabrigados na paróquia Nossa Senhora das Graças. Só no domingo, foram entregues sete mil refeições.

“Nós estamos recebendo muitas doações, muitos alimentos, e estamos montando equipes fortes para que possamos, a cada dia, fornecer alimentos, uma comida quente. Para quem saiu da água é extremamente necessário”, afirmou Padre Cesar Leandro Padilha, da Paróquia Nossa Senhora das Graças.

Solidariedade encontrada também na paróquia São Vicente de Paula, em Cachoeirinha, onde não param de chegar roupas e agasalhos. “Nós queremos que todo o país perceba o Rio Grande do Sul como necessitado de muita doação, de muita oração, mas acima de tudo enxergue o nosso povo, como um povo com olhar para o futuro”, disse Pedro Stein. Em Santa Cruz do Sul, região central do estado, que sofre com danos causados pelos temporais, o bispo local faz um apelo.

“Nossos salões paroquiais estão à disposição para serem usadas para os atingidos, desabrigados, e também para recolher roupas, alimentos, material de higiene, de limpeza, material escolar… Falta de tudo!”, afirmou Dom Alberto Aloisio Dilli, bispo de Santa Cruz do Sul.

Neste momento de dor, fé e esperança são forças motoras para reerguer o Rio Grande do Sul. “Não percamos a fé e não percamos a esperança. E ao nosso Brasil, que nós possamos crescer sempre mais em solidariedade”, enfatiza Dom Jaime Spengler.

Agradecimento

O Regional Sul 3 da CNBB publicou, nesta segunda-feira, 6, em sua rede social uma mensagem de agradecimento a todos estão empenhados para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Leia a mensagem na íntegra:

“Se grande é a tragédia que se abateu sobre o Rio Grande do Sul, maior ainda é a solidariedade e a força do nosso povo! Por isso nós queremos dizer MUITO OBRIGADO!
Obrigado ao imenso número de voluntários e socorristas que arriscaram também suas vidas para salvar tantos que padeciam sobre telhados e casas inundadas.
Obrigado aos homens e mulheres que se encontram nesse momento nos abrigos, atendendo, consolando e acolhendo aqueles que tiveram que sair de suas casas submersas nas águas.
Obrigado por inúmeras frentes de solidariedade que surgiram nos mutirões e arrecadações. Neste momento, há uma multidão de voluntários preparando refeições, separando roupas e mantimentos.
Obrigado àqueles que estão longe e que, sensibilizados, de alguma forma estão colaborando com as ações de ajuda.
Obrigado aos agentes públicos, bombeiros, militares, gestores.
Muito obrigado a cada um que coloca em sua prece o povo gaúcho que tanto sofre nesse momento!
Estes gestos renovam nossa esperança e fortalecem nossa gente para se manter de pé e carregar sua cruz com fé e confiança. Deus os recompense!
“Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).

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