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APELO

“O nosso povo é bom”, afirma Dom Jaime Spengler

Em uma carta aberta, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre lamentou a tragédia que acomete os gaúchos, mas garante que a solidariedade do povo será imprescindível para sobrepor o revés

Da redação, com Vatican News

Pessoas são resgatadas por moradores após enchentes em Canoas, Rio Grande do Sul / Foto: Amanda Perobelli – Reuters

Dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre (RS), publicou uma carta aberta conclamando o povo a resistir à tragédia imposta pelas intempéries sobre o estado gaúcho nos últimos dias. Até o momento, segundo a Defesa Civil, são 66 mortos e 101 pessoas desaparecidas.

Confira a íntegra da carta divulgada pelo prelado:

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB / Foto: Arquivo Canção Nova

“Em 2023, algumas regiões do Rio Grande do Sul sofreram terrivelmente com enxurradas. Nesses dias, é praticamente todo o Estado que sofre as consequências de chuvas torrenciais em níveis jamais vistos.
Tais situações podem ser expressão de um grito ‘silencioso’ por socorro que a Mãe Terra esteja bradando aos céus. De fato, não faltam sinais de que o Planeta necessita urgentemente de atenção e cuidado!

Por que tamanhas tragédias? O que elas estariam mostrando? Como seria possível mitigar suas consequências? Estas podem ser algumas possíveis questões a ocupar cientistas, setores políticos, financeiros e empresariais a médio prazo. Elas certamente não podem se converter na tediosa rotina da normalidade, como não raramente acontece, após experiências sociais traumáticas.

A Casa Comum está em crise! A humanidade está em crise! Nós, gaúchos, estamos sofrendo as consequências desta terrível crise. E dessa crise, não há outra saída senão a solidariedade. Urge, pois, engajar-se, apoiar e promover as iniciativas de solidariedade. Não são poucos os que experimentam tempos terrivelmente longos, inquietos e dilacerantes. Em amplas áreas geográficas o cenário é desolador! A solidariedade é testemunho de que é possível superar os desafios. E o nosso povo é bom! A reciprocidade é muito arraigada!

A experiência traumática vivida pelo Rio Grande do Sul requer o esforço de todos na busca do necessário para reconstruir as comunidades necessitadas de auxílio. É oportunidade para superar ideologias, diferenças individuais e grupais, empenhando esforços para atender ao maior número possível dos flagelados. A união dos setores empresarial, financeiro, comercial, político, de ONGs e Igrejas, em sintonia com o Poder Público, pode oferecer um show de solidariedade e eficiência.

O empenho para promover a solidariedade, sobretudo neste momento trágico de nossa história, nos ajude a compreender a urgência de fomentar uma cultura que favoreça a vida para todos e a aprofundar, em nossas consciências, o sentido de pertença comum e de autêntica reciprocidade”.

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