Confira a reflexão do padre Márcio Prado na Solenidade de Corpus Christi, celebrada na manhã desta quinta-feira, 8, no Santuário do Pai das Misericórdias
Julia Beck
Da redação
No Santuário do Pai das Misericórdias — localizado na sede da Comunidade Canção Nova —, em Cachoeira Paulista (SP), a celebração de Corpus Christi aconteceu na manhã desta quinta-feira, 8, e foi presidida pelo missionário da Canção Nova, padre Márcio Prado.
Em sua homilia, o sacerdote afirmou: “Estamos em festa!”. Segundo ele, a solenidade é uma oportunidade para os ministros ordenados e todo o povo de Deus renovar o seu compromisso com Jesus na Eucaristia, para amar mais o Senhor.
“Renove o seu amor por Jesus na Eucaristia! Não foi à toa que Jesus deixou esse mandato para os apóstolos: ‘Fazei isto em memória de mim’. Fazer isso até que Ele volte. Celebremos a eucaristia até que o Senhor venha em definitivo”, disse.
“Memória”, “comunhão” e “viver para Ele” foram as palavras e frase destacadas pelo presbítero.
Memória
Sobre a memória, padre Márcio citou a Primeira Leitura (DT 8, 2 – 3. 14b – 16a) da celebração. O texto recorda o episódio em que Moisés liderou o povo de Deus para a terra prometida. Do texto, o sacerdote destacou uma frase atribuída a Moisés: “Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu!”
“O que é a Eucaristia se não o memorial da paixão, morte e ressurreição de nosso Senhor? Olhe para a sua história, que é a história do povo de Deus. Vamos fazer memória dos feitos do Senhor, com o povo de Deus que viveu no deserto, que passou pelo deserto e foi assistido pelo Senhor. Tenho certeza que no seu deserto você também foi assistido pelo Senhor. Participar da Eucaristia é fazer memória do quanto Deus foi providente, misericordioso. (…) Ele nos sustentou, nos sustenta e nos sustentará”, frisou.
Consta no Catecismo da Igreja Católica, segundo padre Márcio, que é na liturgia da Palavra que o Espírito Santo lembra a assembleia tudo o quanto Cristo fez por todos. A Missa é uma celebração que faz memória das maravilhas do Senhor, acrescentou o sacerdote.
Ação de graças
Dentro da memória está a “ação de graças”, indicou padre Márcio. “Estamos aqui para louvar o Senhor presente na Eucaristia, bendizer o Senhor presente na Eucaristia. Fazer memória, louvá-lo e agradecê-lo”.
O presbítero citou então o tradicional tapete de Corpus Christi. “Cristo na Eucaristia passará por ele. Por que fizemos o tapete? Para honrar o nosso Senhor, para louvá-lo”, afirmou. O sacerdote indica que também para honrar Jesus é preciso viver a Sua Palavra, se alimentar de sua Eucaristia e se tornar semelhante a Ele. “Que sejamos um belo tapete para ele”, exortou.
Comunhão
Sobre a segunda palavra, comunhão, padre Márcio lembra que São Paulo, escrevendo aos coríntios, depois de apresentar o primeiro relato da Eucaristia, reforçou: “há um só pão e todos nós somos um só corpo, porque todos participamos de um mesmo pão.”
O sacerdote reforça então que é na Segunda Leitura que é salientada a comunhão, a unidade com Cristo. Ao receber o Corpo e Sangue de Cristo, o presbítero afirma que todos se tornam um com o Senhor.
“Precisamos de comunhão, intimidade e união com Deus. (…) Eucaristia é comunhão”, ressaltou. No catecismo, padre Márcio lembrou o trecho que diz: “a razão mais sublime da vocação humana consiste na comunhão com Deus”. “Somos chamados a essa sublime vocação! Até que Ele venha, ou que nós partamos para estar com Ele. Até lá: Eucaristia. Comunhão com Ele na Eucaristia”, comentou.
Viver para Ele
“Para quem estamos vivendo? Para o trabalho? Para sobreviver? Viva para Ele!”, suscitou padre Márcio ao comentar o terceiro destaque de sua homilia: viver para Ele. “Devemos viver para Ele, para fazer memória das suas maravilhas. Viver para Ele significa também viver para os outros. Não dá para receber a Eucaristia e ficar de braços cruzados, Eucaristia é missão”.
O sacerdote frisou que os fiéis são fortalecidos por Jesus na Eucaristia, para viver por Ele e para Ele. Viver esta solenidade, concluiu o presbítero, é testemunhar Jesus para o mundo. Corpus Christi é a manifestação pública de amor por Jesus na Eucaristia.