8 de junho

Corpus Christi: celebração do "dom da Eucaristia" para a igreja, diz bispo

Dom Hernaldo Pinto Farias explica importância da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como a Solenidade Corpus Christi

Da redação, com CNBB

Foto: Arquivo Canção Nova

A Igreja Católica celebra, nesta quinta-feira, 8, a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como a Solenidade Corpus Christi. O bispo de Bonfim (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Hernaldo Pinto Farias, explicou em vídeo a importância dessa celebração e deu indicações referentes aos cuidados litúrgicos.

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Na solenidade de Corpus Christi, ressaltou, “celebramos o grande dom da Eucaristia para a vida da Igreja”. Declarada celebração em toda a Igreja no ano de 1264, pelo Papa Urbano IV, sob a influência de Santa Juliana de Cornillon, a festa tinha à época, um caráter de defesa da Teologia da Presença Real. Com o Missal de Paulo VI e a reforma litúrgica, essa solenidade passou a ter uma íntima relação com a Celebração Eucarística.

“Na Eucaristia, celebramos o mistério da Páscoa do Cristo: corpo entregue, sangue derramado; vida entregue, vida doada. E esta totalidade do mistério passou também para o culto eucarístico. E por isso para esta solenidade. Assim, não chamamos mais ‘Festa do corpo de Deus’, mas festa do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo”, explica Dom Hernaldo.

Liturgia

O presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB explica a riqueza bíblica contida nas leituras propostas para este Ano A do ciclo litúrgico. Ele ressalta também que a procissão ou mesmo as adorações realizadas neste dia “devem conduzir a todos a terem o desejo ardente de participar da Celebração Eucarística, cear com o ressuscitado e pautar a nossa vida nas exigências da Eucaristia”.

Dom Hernaldo aponta para as lições que esta solenidade oferece aos fiéis católicos: a doação da vida do Cristo, a Eucaristia como alimento dos fracos e dos pecadores e o compromisso para que ninguém passe fome, “que ninguém seja mais maltratado porque o Cristo na sua doação de vida cancelou todo o sacrifício”.

“Que sejamos doação de vida, sobretudo para com os fracos e pobres”, motiva o bispo. “Como é a festa do Corpo de Cristo, não podemos aceitar que corpos de muitos irmãos e irmãs sejam maltratados ou ainda crucificados pela fome, pelas novas forma de trabalho escravo, pela ‘não-vida’”, exorta.

“Que este dia enriqueça em nós e suscite em nós a necessidade de celebrarmos a Eucaristia, sacramento central da vida da Igreja, do qual não podemos deixar de celebrar, de viver a partir dele. E que o Cristo fortifique nossas vidas e a nossa oração em favor de todos aqueles que, ainda hoje, passam fome”.

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