Celebrações

"O Tríduo Pascal é, por excelência, o ápice da fé cristã", afirma padre

Igreja inicia, nesta Quinta-Feira Santa, 14, o Tríduo Pascal; padre explica celebrações dos próximos dias e reforça importância da participação dos fiéis

Julia Beck
Da redação

Foto: Paul Zoetemeijer via Unsplash

Nesta Quinta-Feira Santa, 14, a Igreja inicia o Tríduo Pascal. Durante estes três dias, padre Wagner Souza, da diocese de Itaguaí (RJ), explica que a celebração da Páscoa é dividida em três momentos: a Páscoa da Ceia, a Páscoa da Cruz e a Páscoa da Ressurreição.

“Uma única celebração, que se estende por três dias consecutivos”, reforça. O sacerdote frisa que o Tríduo Pascal é, por excelência, o ápice da fé cristã. “Todo cristão deseja a vida de Cristo que culmina com a Ressurreição”.

Sobre a Missa da Ceia do Senhor e o rito do Lava-pés na noite desta quinta-feira, o presbítero recorda que foi na Última Ceia que Jesus instituiu a Eucaristia e deixou ao mundo o mandamento do amor, que é o maior dentre os demais.

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O gesto de lavar os pés, prossegue padre Wagner, exprime, de maneira perfeita, que o amor cristão é a expressão máxima de serviço e doação em favor do outro.  “Ser cristão implica em doar-se continuamente pelo bem do outro, e assim cooperar diretamente na construção do Reino de Deus!”, destaca.

Páscoa da Ceia e a noite do silêncio

Ao final da Missa da Ceia do Senhor, a Igreja vive o silêncio que marca a transladação de Jesus Eucarístico. Na sequência, a adoração ao longo da noite, antes de ser recordada a Paixão de Cristo.

Sobre este momento importante da celebração, o sacerdote recorda que Jesus foi preso no jardim onde rezava, depois de tomar a ceia com os seus.

“O ato de levar o Santíssimo Sacramento e encerrá-lo no tabernáculo quer recordar exatamente isso, que Jesus está preso no Divino Sacramento e se dá continuamente na Eucaristia, por amor…”, sublinha.

Silêncio, despojamento e adoração é o toque final desta liturgia que abre o Tríduo Pascal, comenta o presbítero.

Padre Wagner Souza/ Foto: Arquivo Pessoal

Páscoa da Cruz

No dia seguinte, na celebração da Páscoa da Cruz, os católicos recordam a Paixão de Jesus. Esse é o único dia do ano em que não há missa em nenhuma Igreja Católica no Mundo.

Padre Wagner recorda que o dia é de jejum. “O noivo [Jesus] nos foi tirado, e juntos nós sentimos a sua ausência, nos cantos silenciados, na alegria adormecida e nos sacramentos que não acontecem”, reforça.

Mas unidos na fraternidade da fé, o sacerdote explica que todos os católicos são convidados a se unirem enquanto irmãos, rezando em família, ouvindo a Palavra de Deus e comungando da Sua presença para esperar o Seu triunfo.

Vigília que antecede a Páscoa da Ressurreição

No Sábado Santo, a celebração da Vigília Pascal detém-se mais que o usual na proclamação da Palavra. O padre explica que isto se deve ao fato da Palavra de Deus narrar a história de um povo, e nesta perspectiva a história da salvação de todos, iniciada desde o início pelo Pai e realizada plenamente em Cristo.

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 “Escutando a Palavra, nós fazemos memória, no feliz e ardente aguardo da notícia da Ressurreição, a fim de celebrarmos enfim a Páscoa de Cristo em nossa páscoa, ou seja, ressuscitarmos dos nossos pecados e misérias pela graça da misericórdia e a força do seu perdão”, ressalta.

Ao retomar o valor do Tríduo Pascal, padre Wagner afirma aos fiéis: “Se você não for celebrar a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa, o Sábado Santo e o Domingo de Páscoa, você não é católico. Nossa presença e participação nesses dias constituem a nossa identidade de fé, por isso informe-se em sua comunidade e participe. Não é feriado, é dia santo!”.

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