Nesta quarta-feira,18, foram anunciados os Santos e Beatos Patronos da JMJ Lisboa 2023 e também o dia do fundador da JMJ, São João Paulo II
Da Redação, com JMJ Lisboa 2023
Nesta quarta-feira,18, celebra-se o dia do fundador da Jornada Mundial da Juventude, São João Paulo II. Por este motivo, foram anunciados os santos e beatos patronos da JMJ Lisboa 2023.
A preparação, a realização e o dinamismo de cada JMJ tem início com o encontro de jovens de todo o mundo com o Papa. E são confiados a patronos, santos e santas canonizados ou com esse processo em curso, referências à comunidade jovem.
Para a JMJ Lisboa 2023, o Comitê Organizador escolheu 13 patronos. São mulheres, homens e jovens que demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude, como afirma o Cardeal-Patriarca, nascidos na cidade que acolhe a JMJ ou que, naturais de outras geografias, são modelos para a juventude.
Os patronos escolhidos para a JMJ Lisboa 2023 são apresentados, em texto, por D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, que indica as principais referências históricas de cada um, assim como a sua importância pastoral e espiritual para a preparação e realização da próxima Jornada Mundial da Juventude.
O texto prefacia um livro publicado conjuntamente pela Paulinas Editora e pela Paulus Editora, onde se publica também um documento do prefeito do Dicastério Leigos Família e Vida, Cardeal Kevin Farrel, sobre a importância pastoral e espiritual dos patronos da Jornada Mundial da Juventude.
Apresentação dos Patronos da JMJ Lisboa 2023
Padroeira por excelência da próxima Jornada Mundial da Juventude é a Virgem Maria, a jovem que aceitou ser mãe do Filho de Deus incarnado. Ela se levantou e foi apressadamente para a montanha, ao encontro de sua prima Isabel, levando-lhe Jesus que acabara de conceber.
Patrono é também São João Paulo II, a quem se deve a iniciativa das Jornadas que reúnem e animal milhões de jovens dos cinco continentes.
Padroeiros e padroeiras são todos os santos e santas que se dedicaram ao serviço da juventude e em especial São João Bosco, que São João Paulo II declarou “Pai e Mestre da Juventude”.
Aos formadores, foi proposto seu “sistema preventivo”, de permanente atualidade: “Estai com os jovens, evitai o pecado pela razão, religião e amabilidade. Tornai-vos santos, educadores de santos. Os nossos jovens sintam que são amados”.
A proteção de São Vicente, diácono e mártir do século IV, que sendo padroeiro da diocese a todos acolherá e reforçará com a sua caridade e testemunho evangélico.
Apoio de santos
Santo Antônio, nascido por volta de 1190, que mais tarde seguiria, já franciscano, rumo a Marrocos primeiro e logo de seguida para a Itália, o Sul de França e de novo Itália, convertendo muita gente ao Evangelho que vivia e pregava.
Também de Lisboa foi São Bartolomeu dos Mártires, dominicano e arcebispo de Braga. Partiu para Trento, tomando parte na última fase (1562-63) do Concílio que ali quis reformar a Igreja, tornando os pastores mais próximos das ovelhas, como o Evangelho requer e tanto insiste o Papa Francisco.
Outro jovem de Lisboa, São João de Brito, jesuíta, partiu à Índia para anunciar Cristo. Imparável no anúncio e nas viagens difíceis, vestindo e falando de modo a chegar a todos os grupos e classes, foi martirizado em Oriur, em 1693.
Bem aventurados
Joana de Portugal, filha do rei Afonso V, que podendo ter sido rainha em vários reinos da Europa preferiu unir-se a Cristo e à paixão de Cristo, partindo para o convento aos 19 anos.
Em 1570, João Fernandes, jovem jesuíta, foi martirizado ao largo das Canárias quando se dirigia à missão do Brasil. Foi um dos 40 mártires dessa altura, chefiados pelo Beato Inácio de Azevedo.
Mais tarde, Maria Clara do Menino Jesus, jovem aristocrata nascida nos arredores da capital. Ficou órfã muito cedo, mas decidiu ser “mãe” dos desamparados. Até falecer, em 1899, ultrapassou todas as oposições, repetindo: “Onde é preciso fazer o bem, que se faça!”
Com a mesma juventude e generosidade, contamos com o bem-aventurado Marcel Callo, nascido em Rennes e falecido no campo de concentração de Mauthausen em 1945.
Conta ainda, com a proteção de dois jovens bem-aventurados que também “partiram”, mesmo quando a doença lhes imobilizou o corpo, mas não o coração.
Chiara Badano, jovem focolarina, quando aos 16 anos a doença a surpreendeu. Faleceria dois anos depois, em 1990, irradiando sempre uma alegria luminosa que confirmou o nome de “Luce”, que Chiara Lubich lhe dera.
No ano seguinte, 1991, nasceu o bem-aventurado Carlo Acutis, que veio a morrer de leucemia em Monza, aos 15 anos. A sua curta vida foi preenchida com grande devoção mariana e eucarística, que a habilidade com o computador lhe permitiu difundir, mesmo durante a doença. Assim mesmo fez do seu sofrimento uma oferta e partiu feliz.
No tempo de cada um, os Patronos da JMJ Lisboa 2023 demonstraram que a vida de Cristo preenche e salva a juventude de sempre.