CONFERÊNCIA EPISCOPAL

Dom Walmor encontra o Papa Francisco: renovar a comunhão

O Papa Francisco recebeu os participantes da plenária da Congregação para a Doutrina da Fé. Presente no encontro estava o presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo

Da redação, com Vatican News

Dom Walmor em entrevista à Canção Nova / Foto: Wesley Almeida – Canção Nova

Dom Walmor Azevedo, presidente da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte, visitou na manhã desta sexta-feira, 21, a Rádio Vaticano – Vatican News após ter encontrado o Papa na audiência conclusiva da plenária da Congregação para a Doutrina da Fé, da qual é membro.

Em conversa com o jornalista Silvonei José, o religioso recordou que está em Roma, mais uma vez, depois de uma viagem adiada por uma semana em razão das chuvas que caíram fortemente na região metropolitana de Belo Horizonte. Por isso, o presidente da CNBB disse que não pode vir no dia marcado, mas sim uma semana depois. Dom Walmor está em Roma para trabalhos que são importantes de contribuição à Igreja Universal e também trabalhos para igreja no Brasil, sobretudo em referência ao Pontifício Colégio Pio Brasileiro que é a casa da Igreja no Brasil aqui em Roma.

Dom Walmor manteve nos dias passados vários encontros com Congregações e Dicastérios e participou da plenária da Congregação para a Doutrina da fé que se concluiu com a audiência com o Santo Padre na manhã desta sexta-feira. O Presidente da CNBB disse que participou da plenária “procurando com muita simplicidade contribuir, analisando as questões postas, os temas tratados e os encaminhamentos que são importantes serem feitos nesse serviço e que a Congregação para a Doutrina da Fé presta à Igreja, sobretudo do zelo à doutrina e da sua promoção.

O arcebispo de Belo Horizonte destacou que é membro da Congregação para a Doutrina da Fé já há três quinquênios, participando, portanto, várias vezes da reunião mensal e muitas vezes das plenárias que acontece a cada dois anos. “É uma oportunidade – disse -, estar aqui para contribuir, mesmo em meio à muitos trabalhos e a muitas coisas que nos envolvem na Igreja no Brasil, em nível nacional e obviamente na Arquidiocese de Belo Horizonte, onde sou o primeiro servidor”. O presidente da CNBB disse que vir a Roma é sempre uma oportunidade de encontros de intercâmbios, de encaminhamentos pelos serviços que são prestados a toda a nossa Igreja no Mundo, no Brasil a partir dos Dicastérios que servem ao Pontificado do Papa Francisco.

Falando do encontro com o Papa Francisco, dom Walmor afirmou que é sempre muito significativo. “Tenha ele uma duração maior ou menor é muito significativo pela importância de sua presença e singularidade de sua referência como pessoa e como Papa e, sobretudo, na importância de renovar a comunhão que a gente precisar ter e que é fundamental no caminho inclusive proposto na igreja do caminho Sinodal: comunhão, participação e missão. Portanto, vir, prestar serviços, receber serviços, dialogar e compartilhar experiências buscando entendimento mais claro a respeito dos rumos para a Igreja no Brasil, é também uma oportunidade muito singular de crescimento em nível espiritual, humano e sobretudo, desse sentido importante de pertença que devemos ter como Igreja que somos”.

Dom Walmor destacou ainda que nesta manhã, ao final da audiência conclusiva da plenária da Congregação para a Doutrina da Fé teve a oportunidade, junto com outros membros e com os servidores da Congregação, de saudar o Papa e dizer uma palavra, e também de ouvir uma palavra dele.

O Presidente da CNBB acrescentou, falando da sua ausência no encontro com a presidência da CNBB na semana passada (estiveram os dois vice-presidentes, Dom Jaime Spengler e Dom Mario Antonio) que o Papa sabia do motivo, ou seja, as enchentes que se verificaram no Estado da Bahia e Minas Gerais. Dom Walmor lembrou que no último domingo na oração do Angelus o Papa rezou pelo Brasil enviando uma palavra de consolação e de apoio às vítimas das chuvas que caíram nos dois Estados. O arcebispo de Belo Horizonte recordou que essa visita ao Papa é uma visita habitual da presidência da CNBB, o ponto alto da vinda a Roma.

“É também uma grande experiência visitar e dialogar com outras instâncias da Cúria Romana tratando assuntos que são do nosso interesse e que foram tratados: não estava presente, mas obviamente em sintonia com tudo aquilo que os vice-presidentes abordaram sobretudo, como disse a eles, nós somos uma presidência colegiada. Não apenas ocupamos postos e nem estamos à margem dos processos. Nós fazemos, de fato, muito colegiadamente, os quatro membros da presidência da CNBB”.

E finalizou: “Na verdade, posso dizer que é uma grande e bela experiência Sinodal de serviço à Conferência Nacional. Não se trata, portanto, de vice-presidentes que são figuras decorativas, mas que atuam muito fortemente assim como o secretário-geral: portanto num trabalho sinodal muito bonito e muito significativo. O que muda são as dinâmicas e perspectivas do serviço que a CNBB presta no contexto mais amplo de todo o Brasil pelos seus 19 regionais, conselhos episcopais regionais”.

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