Repercussão

"Devemos denunciar todo o tipo de tortura", afirma padre

A partir da intenção de oração do Papa para este mês de junho, padre Alexandre sublinha que a tortura é um pecado mortal: “atenta gravemente contra a dignidade da vida humana”

Julia Beck
Da redação

Foto: Akira Hojo na Unsplash

“Um apelo urgente”. É o que afirmou o diretor-geral das presenças salesianas no Liceu Nossa Senhora Auxiliadora e na Escola Salesiana São José, ambas em Campinas (SP), padre Alexandre Luís de Oliveira, sobre o pedido de oração do Papa para este mês de junho: o fim da tortura.

O sacerdote recorda que a tortura pode ser física, psicológica e ideológica. Ela engloba “todas as formas de cerceamento da liberdade humana”, indica. Para o combate desta prática condenada pela Igreja, Francisco recomenda o fortalecimento do ideal da dignidade humana. Segundo padre Alexandre, ela está no cerne do valor absoluto da vida.

“Somos filhos e filhas de Deus, e por isso mesmo, alcançados por alta dignidade. A vida humana é inviolável. Ela é, na sua constituição mais radical, um dom de Deus e deve ser sempre defendida em todas as circunstâncias”, reforça.

O presbítero recorda que a tortura é um pecado mortal porque ela atenta gravemente contra a dignidade da vida humana.

“Cristo, em Sua Paixão e Morte de Cruz, é solidário a todos os que sofrem. Devemos denunciar todo o tipo de tortura, não sermos omissos e lutar para que todos tenham vida, e vida digna”. Para o sacerdote é preciso respeito pela vida de todos. “Jamais devemos nos esquecer que a vida é uma prioridade absoluta”.

Intenção de oração

Em seu apelo para este mês, o Santo Padre clamou pela abolição da tortura e ressaltou que “é essencial colocar a dignidade da pessoa acima de tudo”. O Papa denunciou não só as formas mais violentas de tortura, mas também aquelas “mais sofisticadas, como os tratamentos degradantes, a anulação dos sentidos ou a detenção em massa em condições desumanas”.

Horrorizado pela forma como continua a ser uma prática habitual, Francisco exortou a comunidade internacional a se comprometer “concretamente na abolição da tortura garantindo apoio às vítimas e aos seus familiares”.

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