Cardeal Parolin emitiu declaração após ataque russo à Ucrânia, enfatizando que ainda há tempo para a boa vontade e negociação
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin / Foto de arquivo: Vasily Fedosenko – Reuters
O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, emitiu uma declaração nesta quinta-feira, 24, após o início do ataque militar da Rússia contra a Ucrânia. O cardeal diz que, infelizmente, tornam-se reais os trágicos cenários que todos temiam, mas ainda há espaço para negociar e poupar o mundo da loucura e do horror da guerra.
Diante dos acontecimentos de hoje, o cardeal ressalta que se tornam ainda mais vivas as palavras do Papa Francisco na catequese de ontem, 23. Francisco fez um profundo apelo pela paz, inclusive convocando um dia de jejum e oração pela paz, citando, em especial, a situação na Ucrânia.
O Papa falou de “grande dor”, “angústia e preocupação. E pediu que todas as partes envolvidas se abstenham de “qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional”.
“Este apelo adquire uma urgência dramática depois do início das operações militares russas em território ucraniano”, frisou o cardeal Parolin.
O secretário de estado vaticano frisa que ainda há tempo para a boa vontade e espaço para a negociação. Ele pede que se mantenha firme a esperança e que se prossigam as orações e o jejum.
“Ainda há lugar para o exercício de uma sabedoria que impeça prevalecer os interesses de parte, que proteja as legítimas aspirações de cada um e poupe o mundo da loucura e dos horrores da guerra. Nós crentes não perdemos a esperança de um vislumbre de consciência daqueles que tem em mãos os destinos do mundo. E continuemos a rezar e jejuar – o faremos na próxima Quarta-feira de Cinzas – pela paz na Ucrânia e no mundo todo”.
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