Não à violência

Bispos pedem que norte-americanos parem com o discurso de ódio

Religiosos estadunidenses pedem que população se una e se abstenha das linguagens racistas e xenófobas

Da redação, com Vatican News

Familiares e amigos prestam homenagens às vítimas do tiroteio no Texas / Fonte: Reprodução Reuters

“Os sentimentos anti-imigrantes, anti-refugiados, antimuçulmanos e antissemitas que foram tão proclamados em nossa sociedade nos últimos anos incitaram o ódio em nossas comunidades.”

Três bispos norte-americanos se juntaram para emitir um comunicado nesta quinta-feira, 9. Os bispos Joe Vásquez, de Austin, Frank Dewane, de Veneza (no estado da Flórida) e Shelton Fabre, de Houma-Thibodaux, todos da Comissão de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês).

No comunicado oficial, os religiosos pedem que os norte-americanos “parem de usar esta linguagem repleta de ódio, que nos diminui, divide e acaba motivando essa violência horrível”, disseram.

Motivando a violência

Os bispos lembraram os eventos violentos envolvendo armas, que aconteceram na semana passada em diversas partes do país.

No Texas, 22 pessoas morreram no sábado, 3, durante um tiroteio em El Passo. O responsável pelo crime publicou um manifesto on-line no qual afirma que suas ações foram uma resposta “à invasão hispânica no Texas”.
Outro incidente relacionado a este primeiro aconteceu em 2015, em Charleston, na Igreja Mother Emanuel AME, quando um supremacista branco matou 9 pessoas durante um estudo bíblico.

Racismo e xenofobia

Os bispos Vásquez, Dewane e Fabre expressaram profunda preocupação pelo racismo que motivaram esses ataques mortais. Os religiosos também clamam que as autoridades eleitas se preocupem com os danos causados por esses tiroteios para lidar com a xenofobia e o dogmatismo religioso.

Especificamente, os bispos estadunidenses pedem aos líderes do país que abstraiam a linguagem de desumanização que polariza as pessoas baseados em raça, etnia, religião ou origem.

Os três bispos pedem que os americanos se unam “como um povo grande, diversificado e acolhedor”.

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