ASSEMBLEIA EPISCOPAL

Bispos falam sobre cartas do episcopado ao Papa e ao povo brasileiro

Dom Orani Tempesta, Dom Paulo Cezar Costa e Dom Odilo Scherer atenderam à imprensa neste que foi o penúltimo dia da 60ª AGCNBB, realizada no Santuário Nacional de Aparecida 

Thiago Coutinho,
Enviado a Aparecida

Foto: Daniel Xavier

Carta do episcopado brasileiro ao Papa Francisco, outra ao Dicastério para os bispos do Vaticano e, por fim, a carta ao povo brasileiro. Esses foram os três temas apresentados nesta quinta-feira, 27, penúltimo dia da 60ª Assembleia Geral da CNBB. O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), Cardeal Orani João Tempesta, o arcebispo de Brasília (DF), Cardeal Paulo Cezar Costa, e o arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Odilo Pedro Scherer, atenderam à imprensa no Centro de Eventos Padre Vittor Coelho de Almeira, no Santuário Nacional de Aparecida (SP).

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Carta ao Papa

“Trata-se de um tradição, uma carta que dirigimos ao Santo Padre e contamos sobre a Assembleia e a trajetória do Povo de Deus”, explicou Dom Orani, que deu início à coletiva. A carta já foi enviada ao Santo Padre, assinada pela presidência da CNBB.

O arcebispo do Rio de Janeiro leu a íntegra da carta enviada ao Papa Francisco. Agradeceram pelas nomeações para o Brasil, falaram sobre o Congresso Eucarístico Nacional realizado em Recife e sobre diversos aspectos da Igreja no Brasil. “A Campanha da Fraternidade contribuiu muito para a caminhada da Igreja. Nossas igrejas participam com felicidade deste fecundo momento. Estamos tratando nesta Assembleia sobre a caminhada episcopal no país, bem como diversos assuntos num país de grandes dimensões como o Brasil”, revelou Dom Orani.

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A paz mundial, e o empenho do Santo Padre para alcançá-la, também foram lembrados pelo episcopado brasileiro. A carta, reforçou o arcebispo do RJ, foi uma colaboração coletiva.

Carta ao Dicastério dos Bispos 

Dom Paulo ofereceu detalhes da carta ao Dicastério para os Bispos do Vaticano. Serão enviadas duas cartas. Uma delas ao presidente do Dicastério dos Bispos em Roma, Dom Robert Francois Prevost, em que os prelados comentam sua nomeação. “Num terceiro momento, apresentamos a ele nosso conferência. Somos viajantes em direção à Galileia. Nossa Conferência  é composta por 456 bispos. Há uma grande diversidade entre nós, mas somos marcados pela unidade”, afirmou.

O arcebispo da Capital Federal falou também sobre a desigualdade social que assola o país e sobre a atual realização da 60ª AGCNBB. “Apresentamos um relatório de prestação de contas do último quadriênio e das diversas atividades realizadas, como a aprovação do Missal Romano“, revelou Dom Paulo. 

Esta carta, bem como aquela enviada ao Santo Padre, é assinada pela presidência da CNBB.

Mensagem ao povo brasileiro

“Esta mensagem tem, naturalmente, as atualidades do momento em que se vive”, disse Dom Odilo acerca da carta destinada ao povo brasileiro. “Foi aprovada por unanimidade. Esses dias na Casa da Mãe Aparecida foram uma oportunidade para experimentarmos a comunhão, a partir da riqueza de nossas diversidades. Quem nos une é Cristo”, ponderou o arcebispo da capital paulistana.

O cardeal citou alguns outros pontos apresentados na missiva, como a citação do dia 1º de maio, em que os bispos falam aos trabalhadores, citando um pensamento do Papa Francisco: “O mundo do trabalho é prioridade humana, ali há o olhar do amor do Senhor e da Igreja. Lugares de trabalho são lugares do Povo de Deus” (Encontro com Trabalhadores em Gênova, Itália, 2017).

A 60ª AGCNBB chega ao fim, nesta sexta-feira, 28. Foram 10 dias de encontro, com início em 19 de abril. Diferentemente do que ocorrera nos dois últimos anos, este encontro foi presencial — com a pandemia, as duas edições anteriores foram realizadas em caráter virtual. 

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